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Enviada em: 02/05/2018

Historicamente, o Brasil vivenciou os seus primeiros 500 anos com uma relativa liberdade das pessoas cruzarem suas imensas fronteiras. Em contrapartida, após esse período e até os dias atuais, devido a ascensão econômica, o país vem carecendo de um policiamento mais ostensivo no combate ao fluxo de drogas e de armas. Nessa perspectiva, tanto a extensão continental, quanto a negligência em políticas públicas corroboram para a persistência do percalço.  Primeiramente, é importante salientar que devido à grande extensão continental das fronteiras brasileiras, com quase 25  mil quilômetros de zonas terrestre e marinha, o país torna-se suscetível à entrada de armas e de drogas ilegais. Nesse tocante,  a segurança nas divisas é colocada em xeque, em virtude dos maiores produtores de cocaína do mundo como Colômbia, Peru e Bolívia e do tráfico de armas, no Paraguai. Tal fato se reflete na dificuldade de seu controle, sendo que apenas 4% do território é patrulhado, segundo o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira  Outrossim, convém ressaltar a facilidade com que armas de grosso calibre, como fuzis e drogas chegam nas mãos do crime organizado e que as facções criminosas ligadas ao narcotráfico e ao contrabando de armas de fogos, atuando livremente, promovem massacres e motins. Isso, consoante à reflexão de Confúcio de que quem não corrige suas falhas incorre em novos erros, a polícia vivencia uma guerra nas mãos de criminosos do tráfico, que parece imbatível e de difícil solução.      Diante do supracitado, é mister que o Poder Público Federal no Brasil disponibilize mais tecnologias(radares, sensores e satélites), com investimento na área de inteligência e com aumento do efetivo policial  e especializado, aliados à atividade investigativa nas rotas, objetivando uma intensa fiscalização nos vastos limites do país. Concomitantemente, urge uma ação mais direta da Diplomacia brasileira nos países fornecedores, coibindo o envio de armas e de drogas, em  prol de uma maior proteção por parte da polícia e do exército nas áreas fronteiriças.