Materiais:
Enviada em: 08/05/2018

A polícia de fronteira é responsável pelo controle do tráfego de pessoas pelas fronteiras de um país, assim, é importante que se haja um controle do que se entra e sai de um país. No entanto, esse controle torna-se difícil numa nação de grandes extensões territoriais como o Brasil, com mais de 16 mil quilômetros de fronteiras terrestres e mais de sete mil de costa marítima, o país conta com apenas 660 destes quilômetros patrulhados e isto deve-se ao fato do investimento decrescente por parte do governo no patrulhamento. Isso resulta num cenário de disponibilidade abaixo do necessário de policiais e na falta de novas tecnologias e equipamentos adaptáveis às variedade geográficas nas diversas partes do país.       Decerto, o que é visto com o passar dos anos é um decrescente interesse por parte do Estado em destinar recursos para o patrulhamento das fronteiras do país, este fator acarreta sérias consequências, pois o Brasil sendo divisa de grandes exportadores de drogas (como Colômbia, Peru e Bolívia) acaba por não conseguir exercer o devido controle no tráfico desses produtos em seu território. Além disso, os traficantes armados e cientes dos mais diversos métodos de fuga, requerem trabalho incessante por parte dos policiais, que em número reduzido arriscam suas vidas e acabam sobrecarregados.          Ademais, com a baixa taxa de recursos, o investimento em tecnologia, que poderia facilitar a vida dos policiais federais, é desacreditado, por isso até mesmo os projetos em desenvolvimento são estagnados, como é o caso do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), grande aposta para a criação de sensores, radares e satélites de alta complexidade tecnológica, mas que atualmente cobre apenas 4% do limites territoriais nacionais. Desse modo, é extremamente necessário que se reforce o controle das divisas, para que pessoas de má índole com tendências terroristas ou traficantes não entrem em território nacional.       Portanto, para que se minimizem os desafios dos policiais federais no controle das fronteiras nacionais, urge um esforço do Ministério da Segurança Pública no fixamento de uma porcentagem mínima de investimentos para o reforço do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, em busca de alcançar maiores extensões territoriais, em seguida para a criação de novas vagas de emprego, em objetivo de diminuir a sobrecarga dos policiais e obter maior eficiência nas ações, e por último para o investimento em tecnologia, em viés de facilitar o trabalho da Polícia Federal, com equipamentos que se adaptem às diversidade territoriais de cada lugar, tudo isso por meio de leis criadas pelo Legislativo e pela devida fiscalização das mesmas.