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Enviada em: 25/04/2018

O Brasil faz fronteira com os maiores produtores de cocaína do mundo - Colômbia, Peru e Bolívia. Esse fato constitui desafios diários para os agentes da polícia de fronteira, pois o número de pessoas que tentam atravessá-la com produtos ilícitos vai de contrapartida à insuficiência de policiais atuando em toda a extensão da fronteira com esses países, bem como, a falta de investimentos financeiros em  tecnologias para auxiliar no combate ao fluxo de drogas e armas nessas regiões.       A extensão da fronteira do Brasil com esses países somam 16.886 km de fronteiras terrestres e 7.408 km de costa marítima, enquanto os Policiais Federais efetivos constituem apenas 982 policiais. Por outro lado, na fronteira dos Estados Unidos com o México, há cerca de 30 mil funcionários para fazer a segurança de 41 milhões de habitantes (população cinco vezes menos que a nossa). Essa carência de recursos humanos para o controle, fiscalização e repressão, realçam a vulnerabilidade desses espaços e contribuem para o agravamento de ações ilícitas nesses espaços.        Outro desafio encontrado no combate ao tráfico nas fronteiras é a falta de investimentos financeiros em tecnologias para combater ações ilícitas nessa região. O seu uso é imprescindível para o avanço no combate à essas práticas, para tanto, é indispensável um orçamento público destinados para tais fins. Em 2017, o orçamento das Forças Armadas caiu 44%, passando de 17,5 bilhões para 9,5 bilhões de reais, isso implica em menos recursos tecnológicos na investigação e apreensão não apenas em fronteiras do continente, mas também nas marítimas.        Dada a necessidade de mudar a realidade supracitada, é necessário que o governo federal juntamente com o poder Executivo amplie projetos para a instalação de mais postos de controle ao tráfico nas fronteiras do Brasil, bem como, a aprovação de um orçamento para suprir as necessidades de toda a extensão da fronteira no combate ao contrabando como materiais e redes de sensoriamento, centrais de comando e controle, além de integração com sistemas da Polícia Federal e das polícias estaduais para garantir o fluxo de informações. Aplicando tais medidas, os agentes passam a ter um maior domínio da fronteira, além de contar com um aparato tecnológico para o auxílio do combate ao tráfico.