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Enviada em: 24/04/2018

A expansão territorial brasileira, iniciada no século XVII, foi impulsionada pelo movimento dos Bandeirantes e contribuiu para a ampliação das fronteiras do país. Entretanto, grande parte das fronteiras terrestres possuem características geográficas que dificultam o seu monitoramento. Desse modo, deve-se analisar as dificuldades enfrentadas pela polícia de fronteira no Brasil para supervisionar e controlar essa região.    A priori, cabe ressaltar que a divisa situada na Floresta Amazônica se tornou o principal meio para a entrada de produtos ilícitos no país. Essa floresta tropical, por sua vez, possui vegetação muito densa e um alto índice pluviométrico, fatores que dificultam o acesso e, consequentemente, prejudicam a fiscalização. Por consequência, narcóticos produzidos nos países vizinhos, como Bolívia e Peru, entram no país facilmente devido à carência de um controle nessa área de difícil acesso.     Ademais, deve-se citar que a polícia de fronteira possui um quadro de servidores desproporcional em relação ao tamanho do espaço que deve ser monitorado. Em vista disso, pode-se observar a problemática entrada de armas que são destinadas às milícias. Contudo, de acordo com Max Weber, o Estado tem o monopólio do uso legítimo da força, sendo assim, é de sua responsabilidade garantir a proteção dos cidadãos e prevenir, dessa forma, que tais artigos ilegais adentrem no país.   Diante o exposto, medidas devem ser adotas para mudar a situação problemática na qual as fronteiras se encontram. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve realizar levantamentos sobre as áreas limítrofes que são mais acessíveis e, em parceria com a Polícia Federal, deve enviar equipes para fiscalizarem os possíveis pontos de entrada. Além disso, as Forças Armadas devem auxiliar, de modo paliativo, no controle e supervisão designando militares para esse serviço enquanto não houver efetivamente uma polícia de fronteira. Somente assim essa situação realmente será atenuada.