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Enviada em: 27/04/2018

Segundo Hugo Velásquez, sociólogo colombiano, na obtenção da segurança duas coisas são necessárias: a prevenção e a legitimidade da força. Com essa visão, busca-se entender os desafios enfrentados pelas policiais de fronteiras no Brasil, visto que sua baixa efetividade está atrelada aos baixos investimentos estatais. Devido isso, nota-se a negligência do governo quanto as questões territoriais.      Convém ressaltar, a princípio, que o Brasil possui uma região fronteiriça de aproximadamente 17.000km, porém, há apenas 30 núcleos de combate especializado nessas regiões. Isso revela a insuficiência de milícias quanto a área de atuação, deixando brechas para a entrada ilegal de armas e drogas, principalmente vindas do Paraguai, na fronteira com o Rio Paraná. Ademais, a atuação combatível, em sua maioria, é majoritariamente por terra, sendo necessário, pelo Estado, abranger todos os meios de entrada dos criminosos, como as polícias marinhas, melhorando o combate.   Além disso, a falta de mecanismos tecnológicos nas fronteiras, como radares, dificulta a efetividade policial. No século atual, vê-se que a tecnologia é fundamental para o aprimoramento de serviços públicos em todos os ramos, inclusive na segurança, como os Estados Unidos - maior potência mundial - que investe extremamente em tecnologia na segurança fronteiriça, inibindo ações dos traficantes mexicanos. Desse modo, é necessário que o Estado, embasado nas idéias estadunidenses, invista em tecnologias eficazes de combate, facilitando a ação policial.    Logo, nota-se que a baixa ação das milícias de fronteiras está diretamente vinculada a negligência estatal. Assim, o governo, no âmbito executivo, deveria investir na criação de mais núcleos policiais, aumentando o número de concursos públicos para agentes da Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal, e, consequentemente, a área de atuação desses órgãos. Ademais, deveria investir em radares e satélites nessas áreas, fechando parcerias público-privadas com empresas de tecnologia. Assim,  as fronteiras seriam fortificadas, diminuindo o tráfico vigente.