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Enviada em: 29/04/2018

A polícia de fronteira é especializada no controle do tráfego de pessoas nas fronteiras de um país. No Brasil, esse policiamento é realizado pelo Departamento de Polícia Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras (DPMAF) da Polícia Federal, o qual precisa assegurar as extensas divisas terrestres e aquáticas. Entretanto, devido à quantidade insuficiente de profissionais e aparatos tecnológicos o serviço de patrulhamento permanece insatisfatório.     De início, é importante citar que de acordo com o site do Senado Federal, o efetivo da PF é de 982 policiais para patrulhar os 16.886 km de fronteiras terrestres e os 7.408 km de costa marítima. Esse quadro problemático se deve à falta de investimentos governamentais na contratação de mais policiais e à ampla área que demanda vigilância. Os fatores citados anteriormente culminam em profissionais sobrecarregados com a quantidade de serviço e no sucesso do tráfico de armas, pessoas, órgãos e drogas ilícitas.     Além disso, outro grande desafio na solução do impasse é a falta de aparatos tecnológicos para observar as fronteiras brasileiras. Segundo o site O Globo, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) atingiu apenas 660 quilômetros das fronteiras nacionais. Isso ocorreu pois apenas 1 bilhão foi repassado ao Exército, e o projeto precisa de 12 bilhões para ser finalizado. Dessa forma, pode-se observar que o policiamento de fronteiras brasileiro precisa de investimentos tecnológicos que facilitem o sensoriamento, mas o orçamento governamental não supre essa necessidade.     Destarte, torna-se evidente que medidas são necessárias para resolver o problema. Em primeiro lugar, cabe ao Governo Federal, na figura do Ministério da Segurança, destinar parte do PIB para garantir a finalização do Sisfron, o uso de satélites e a adesão de radares, sensores, câmeras, drones, carros, barcos e helicópteros para facilitar o policiamento de fronteiras. Em segundo lugar, é imprescindível que concursos públicos sejam realizados para aumentar a quantidade de profissionais no DPMAF, e também que seja solicitada a união das esferas de segurança estadual, municipal e federal com a Força Nacional em prol da segurança das fronteiras do país.