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Enviada em: 29/04/2018

A sociedade incorpora as estruturas que são impostas à sua realidade, logo, após em seguida, a sociedade naturaliza esse padrão e, por fim o reproduz ao longo do tempo. Assim diz o sociólogo francês Peirre Bourdieu em sua teoria sobre Habitus. No entanto, a problemática para com as polícias de fronteira no Brasil advém, sobretudo, da falta de profissionais nas fronteiras tendo em vista um grande território para ser monitorado, e ao alto índice de tráfico de drogas e armas, sendo, portanto, fatos agravantes na atualidade, de caráter desafiador e inerte.         É incontrovertível que o Brasil é o 5º maior país do mundo, sendo, portanto difícil o monitoramento para com todas as fronteiras do país. Diante dessa realidade, a patrulha conta com aproximadamente 982 policiais para quase 17 km de fronteira, assim exposto pelo Senado, sucedendo uma quantidade insuficiente de profissionais para controlar a entrada e saída de pessoas. Nesse contexto, é possível notar que existe um alto índice de estradas clandestinas ainda desconhecidas pelos PM, o que dificulta ainda mais o trabalho desses capacitados, que visam priorizar a segurança e o bem estar da população brasileira.         Além disso, nota-se ainda, que o Brasil faz divisa com Colômbia, Peru e Bolívia, dentre os quais são os maiores produtores do comércio ilegal de drogas, favorecendo o tráfico a cada dia mais. O filme Narcos retrata bem essa situação e faz uma crítica a negligência para com o narcotráfico no Brasil, onde expõe todas as criminalidades existentes no país. Nesse contexto, o vício e a ambição pela riqueza influenciam diretamente à prática excessiva ao tráfico, tendo em vista que essa prática torna de certo modo de fácil acesso e extremamente lucrativo que atua de maneira habitual em todos os países, inclusive no Brasil.        De modo exposto, percebe-se que a problemática da polícia de fronteira no Brasil é um desafio que carece ser solucionado, com bases cognitivas que podem ser superadas. Para isso, é recomendável haja mais investimentos em tecnologia e inteligência para o maior controle de pessoas nas fronteiras, incentivando profissionais a criarem métodos como o Sisfrom. Também é imperioso que a Receita Federal intensifique métodos já vigentes e que passem a conhecer melhor as estradas desconhecidas evitando o tráfico clandestino, com colaboração e parceria de mais profissionais em união. É importante que peças midiáticas em parceria com escolas possam estabelecer campanhas educativas por meio do MEC influenciando o não tráfico de drogas. Assim, é provável que, o pensamento pessimista de Bourdieu possa ser vencido, pois tudo que é socialmente construído pode ser combatido de maneira cultural.