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Enviada em: 01/05/2018

Os mais de quinze mil quilômetros de fronteiras do Brasil tem trazido várias questões juntamente com as drogas provenientes dos três maiores produtores de cocaína do mundo (Bolívia, Peru e Colômbia) e do Paraguai, produtor de maconha e rota de tráfico de cocaína. As dificuldades da polícia de fronteira, devido à extensão territorial e o número  limitado de homens não permite que as apreensões cheguem ao esperado levando ao questionamento de seus métodos e críticas ao Estado.      Com apenas 982 homens e cinco bases policiais ao longo das fronteiras seria praticamente impossível realizar uma apreensão sem o atual planejamento e uso inteligente de informações. A polícia de fronteiras utiliza de tecnologia limitada para investigar, perseguir, apreender e escoltar a droga em segurança. Os traficantes, que são beneficiados pela geografia brasileira, utilizando rios e vegetações a seu favor, estão em maior número e fortemente armados. Por isso nosso país precisa de uma defesa maior contra este mercado ilegal que o utiliza como ponto para venda e envio à outros continentes.     O investimento em projetos como o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que deveria ter crescido ao longo dos anos, teve uma queda de 74 milhões de reais desde 2014, demonstrado a falta de prioridade dada à esta questão pelo governo. Enquanto o tráfico não for tratado como uma ameaça iminente à segurança nacional e medidas sérias forem tomadas, os policiais de fronteira não conseguirão se sobrepor às dificuldades enfrentadas em seu combate.    Assim sendo, propõe-se ao Estado um programa de investimento com verba fixa na luta contra o tráfico, já que tecnologia de ponta é essencial para a cobertura da extensão territorial. Se tratando a questão como uma guerra ao tráfico, é justificável e necessário o remanejamento de indivíduos de outras seções da polícia e inclusive do exército para as regiões de fronteira. Por fim, faz-se necessário uma política normativa mais rígida para traficantes e usuários de drogas, de forma a desestimular essas práticas.