Materiais:
Enviada em: 04/05/2018

Convive-se diariamente com as consequências da falta de investimentos na polícia de fronteira do Brasil. O mais expressivo desses efeitos é o desafio enfrentado cotidianamente pelos agentes fronteiriços, dentre os quais sobressaem a dificuldade em inibir a entrada de criminosos no país e o revés de descobrir as rotas do tráfico internacional antes que os facínoras percebam.     Em decorrência disso, o consumo de drogas entre os brasileiros tem crescido celeremente, como afirmou a revista Veja. Tal eclosão origina-se do fato do Brasil ser o quinto país com a maior fronteira, aproximadamente dezessete mil quilômetros, do mundo e dividi-la com os maiores produtores de cocaína do planeta, como Colômbia, Peru e Bolívia, conforme dados do portal Senado. Em razão do  Brasil não ser  produtor de entorpecentes e tudo que uma região não produz entrar nela de alguma forma, fica claro a legítima participação das balizas em tal situação. Nessa conjuntura, torna-se copiosamente acessível a entrada de criminosos no país, há inúmeros atalhos possibilitando que os mesmos, sem o mínimo trabalho, consigam realizar uma fuga da Receita Federal.      Além disso, os núcleos de combate ao tráfico são insuficientes. Segundo a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas,  hoje existem trinta organizações especializadas nesse processo, mas diante de um território tão vaso como é o brasileiro, esse número é quase inexpressivo. Um episódio surpreendente, apresentado em um levantamento feito pelo O Globo, é a diminuição de verbas destinadas ao Grupo de Operações de Fronteira (GOF), por parte dos estadistas. De acordo com a pesquisa houve uma drástica redução de investimentos calculada em 74 milhões. Diante do contexto hodierno, é inaceitável quaisquer ínfimas reduções, de nada adianta o país elaborar projetos antidrogas e não atingir os principais focos do problema, no caso, as balizas.     Logo, para que os desafios enfrentados pela polícia de fronteira sejam sanados e o combate ao tráfico seja efetivo, é imprescindível que o Ministério Público juntamente com  a Polícia Federal, exija da União uma maior aplicabilidade de recursos financeiros. Feito isso, o GOF, viabilizado pelo Governo Federal e mediante o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, deve ampliar a tecnologia nas divisas, instalando satélites, radares, sensores e drones para o monitoramento. Cabe também ao Ministério das Relações Exteriores, por meio de diplomatas e pecúnias da União, invitar os estadistas da Colômbia, Peru e Bolívia a produzirem projetos em conjunto com o Brasil no combate ao tráfico. Esses projetos devem envolver a instauração de tecnologia de todos esses países em suas fronteiras a fim de inspecionar todas as áreas.