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Enviada em: 06/05/2018

Segundo Hugo Velásquez, sociólogo colombiano, na obtenção da segurança das coisas é necessária: a prevenção e a legitimidade da força. Com essa visão, busca-se entender os desafios enfrentados pela polícia de fronteiras no Brasil, visto que, sua baixa efetividade está atrelada aos baixos investimentos da União e a desunião entre os principais países de fronteira como, o Peru, a Colômbia e a Bolívia, que por sua vez são os maiores produtores de cocaína do mundo e pouco fazem para mudar tal status.        Desse modo, entende-se que, há uma falta de interesse do Estado em melhor patrulhar sua fronteira. Visto que, a União disponibilizou no ano passado a quantia total de R$ 182 milhões de reais. Recuso esse, menos que o disponibilizado em 2014, onde foi registrado o seu auge de repasses, no valor de R$ 256 milhões de reais, estas são informações do site, O GLOBO. Ademais, a escassez de recurso repassado a polícia de fronteira, resulta em um trabalho incompleto, tornando a polícia pouco presente e pouco atuante na região que é bastante extensa, são cerca de 16.886 km de fronteira terrestre e 7.480 km de fronteira marítima. Em vista disso, para fiscalizar toda essa vasta área, o efetivo da polícia são de ínfimos 982 policiais.       O escritor uruguaio Eduardo Galeno em sua obra, "As veias abertas da América Latina", tem por síntese o pensamento e a análise nas relações políticas e econômicas, entre países imperialistas e a América Latina. Conclui que elas foram responsáveis pela condição em que o continente hoje está. Tal pensamento, apenas corrobora o fato de que países que fazem fronteira com o Brasil também são corresponsáveis pelo alto número de produtos traficados para dentro do território nacional. Em suma, países supracitados pouco agem para atenuar o transporte internacional de drogas, talvez por não haver uma integração entre os países de fronteira, no tocante a segurança ou talvez por falta de interesse das partes. Logo, faz-se necessário, uma intervenção urgente.       Em virtude dos fatos supramencionados, entende-se que, a Federação deve atuar em duas frentes. Na primeira, o Poder Executivo, por intermédio do Poder Legislativo, deve aprovar uma nova lei orçamentária que obrigue a União, por meio do Ministério da Defesa a aumentar o repasse anual à polícia de fronteira, no primeiro ano deve-se aumentar em 50% o orçamento atual, nos demais anos deve-se aumentar o repasse em 25%, com o aumento gradativo, espera-se que a polícia consiga atenuar o tráfico na região e com o novo repasse, melhor equipar-se e contratar mais agentes. Na segunda, o Governo Federal deverá convocar uma reunião de Ministros da Defesa de cada país vizinho de fronteira, para que juntos possam trocar informações e realizarem apreensões em conjunto, a fim de reduzir o tráfico na região.