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Enviada em: 30/08/2018

Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra Em busca da política, "nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar ou deixa que esta caia em desuso pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem". Nesse sentido, tornam-se passíveis de discussão os problemas enfrentados pela sociedade brasileira no que tange os desafios da polícia de fronteira no Brasil. Logo, poder público e coletividade devem unir forças em buscas por respostas a essa demanda.     Em primeiro plano, vale ressaltar que o Brasil é um país territorialmente extenso e faz fronteira com países integrantes do Mercosul. Porém, esses estão ligados territorialmente aos três maiores produtores de cocaína do mundo: Bolívia, Colômbia e Peru. Assim, tal fato gera um intenso tráfico de drogas. Segundo o site do Senado, são menos de mil os policiais na fiscalização da fronteira entre Brasil e Paraguai, a qual se estende por mais de 23.000 km. Desse modo, nota-se que a falta de investimento na contratação e integração de policiais nas terras fronteiriças, traz para o Brasil toneladas de drogas e consequentemente o aumento da violência.      Além disso, outro entrave na fiscalização das fronteiras é a falta de investimento orçamental em tecnologia. Atualmente, somente 4% das áreas fronteiriças nacionais são monitoradas, segundo o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras. Com isso, aumenta o contrabando ilegal de produtos comerciais, drogas e armas. Dessa forma, tal problema sobrecarrega o trabalho dos policiais e causa desordem nacional.    Infere-se, portanto, que o Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça, insira um contingente maior da força policial na fronteira, para a validação da fiscalização, e apreensão de drogas e de produtos ilegais. Ademais, o mesmo governo deve investir financeiramente na compra de aparelhos de tecnologia de sensoriamento geográfico, para a ação policial ocorrer de forma mais eficiente e rápida. Por fim, a mídia deve divulgar campanhas de conscientização informando os riscos da aquisição de produtos traficados. Assim, com ações conjuntas o país terá melhorias.