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Enviada em: 19/10/2018

Na série de televisão "Narcos", Pablo Escobar, o traficante mais famoso do mundo, é interpretado por Wagner Moura, que atua de forma fiel ao personagem, encenando como o tráfico era feito entre fronteiras, inclusa a brasileira. Assim, a série mostra as fragilidades e brechas encontradas por traficantes nas delimitações brasileiras. Não distante da encenação, a polícia de fronteiras brasileira ainda é frágil e incapaz de combater o tráfico de forma efetiva, sendo a falta de tecnologia e a falta de efetivo os principais desafios a serem batidos para resolver o impasse.    Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a grande extensão da fronteira brasileira torna-se um problema na implantação de tecnologias nas áreas delimitadas. Incontestavelmente, a fronteira brasileira é uma das mais extensas do mundo, possuindo mais de 16 mil quilômetros, e abrangendo 10 países da América Latina. Dessa forma, implantar tecnologias como o reconhecimento facial e biométrico, que são utilizados nas fronteiras dos Estados Unidos, por exemplo, torna-se dificultoso, uma vez que seria necessário um investimento milionário por parte do Governo Federal.    Outrossim, o déficit no número de profissionais qualificados e devidamente treinados para proteger as fronteiras é outro fator preocupante. De acordo com diretores da Polícia Federal, menos de 1000 policiais são designados para proteger as áreas delimitadas, isto é, o Brasil conta com cerca de apenas 62 policiais a cada 1000 quilômetros de fronteira. Desse modo, é imprescindível o posicionamento dos orgãos responsáveis para reverter a situação.      Em virtude dos fatos mencionados, faz-se necessário que o Governo  Federal, mediante ação do Ministério do Planejamento, crie um programa de terceirização do serviço de policiamento das fronteiras. Nesse programa, a Polícia Federal também irá atuar, promovendo treinamentos práticos e teóricos aos funcionários da empresa contratada pelo Governo Federal. Assim, a fronteira brasileira poderá ser completamente vigiada por profissionais preparados, e com um orçamento mais enxuto. Além do mais, após a terceirização do serviço, e, consequentemente, a economia gerada por tal, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações ( MCTIC ), deverá se reunir com autoridades norte-americanas, para viabilizar parcerias com empresas de alta tecnologia,  que deverão vender produtos e serviços ao Brasil por um preço menor, mediante acordo assinado por representantes das duas nações. Dessa maneira, o Brasil conseguirá resolver de forma efetiva o impasse.