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Enviada em: 22/10/2018

Tinha uma fronteira no meio do caminho,no meio do caminho tinha uma fronteira    Como dissera o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade : "Tinha uma pedra no meio do caminho [...]",pode-se disser que no caso do Brasil essa pedra é uma fronteira de grande extensão que dificulta a implantação de ações efetivas no combate ao narcotráfico e ao contrabando,demandando uma rede de inteligência entre os países envolvidos.    O Brasil além de fazer fronteira com os três maiores países produtores de cocaína do mundo - Peru,Bolívia e Colômbia - possui uma extensa divisa territorial de aproximadamente 17 Km ,necessitando o uso de tecnologia para fiscalizá-la como o já implantado SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras),todavia só houve a aplicação de apenas quatro porcento na região além da diminuição de investimentos no projeto pelo Governo Federal segundo o jornal O Globo.    Deve-se ressaltar que não só o Brasil sofre com isso,mas também os demais países envolvidos encontram dificuldades para enfraquecer organizações criminosas,assim agravando o quadro de violência.Essa problemática não é de exclusividade da América do Sul,por exemplo,os Estados Unidos mesmo possuindo uma fronteira  com o México -menor e bem mais policiada- ainda assim não conseguiu impedir a passagem de drogas pela mesma.Essa situação fez com que diversos países  repensassem suas políticas de combate ao narcotráfico;segundo o jornal The Guardian o próprio Estados Unidos permitiram a legalização da maconha para fins medicinais em estados com divisa ao México,fato esse que proporcionou à redução de violência na região.O Brasil possuem em andamento no Senado a PEC 03/2018 que propõem a criação de uma polícia de fronteiras aumentando assim o patrulhamento na região.    Tendo em vista os aspectos apresentados,percebe-se a necessidade de articulação entre os países afetados por meio da criação de uma "poupança" em comum para financiar uma rede de inteligência e ampliar o SISFRON permitindo o uso em conjunto.A legalização da maconha - com o uso regulamentado e controlado pelos estados - contribuirá para o enfraquecimento do narcotráfico,havendo a necessidade da discussão do tema com a sociedade brasileira - em especial com os setores mais conservadores - através de palestras e seminários feitos em escolas,empresas e propagandas por meio de parcerias entre o Governo Federal,setores privados e Ongs, para o esclarecimento e quebra de estigmas, demonstrando os sucessos alcançados em países que optaram pela legalização como Canadá e Holanda.Dessa forma haverá o esfacelamento do crime organizado e o fortalecimento do Estado proporcionando à queda nos índices de violência.