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Enviada em: 25/10/2018

As polícias de fronteiras brasileiras são responsáveis por fiscalizar e controlar a entrada, em território nacional, de armas, drogas e imigrantes. Entretanto, o narcotráfico torna esse trabalho complexo e dificultoso, afinal, esse sistema criminoso internacional faz uso de estratégias avançadas que os possibilitam entrar com armas e drogas ilegais sem que sejam notados, garantindo, assim, o desenvolvimento financeiro e armamentista das facções brasileiras.     Primeiramente, é de fundamental importância ressaltar que o Brasil faz fronteira com os 3 maiores produtores de cocaína do mundo, são eles: Colômbia, Peru e Bolívia. Essa aproximação geográfica com os maiores fornecedores da referida substância gera o cenário exposto atualmente no Brasil, onde as facções são abastecidas e reforçadas diariamente, tornando-se cada vez mais fortes, resistentes e dominantes em favelas e comunidades.     Simultaneamente e de forma agravante a essa aproximação territorial, encontra-se um déficit significativo no número de efetivos atuando nas fronteiras. Segundo dados disponibilizados pelo governo federal, observa-se apenas 982 agentes federais cobrindo uma área terrestre de 16.886km. Além disso, pouca tecnologia é disponibilizada para facilitar o trabalho da polícia. Dessa forma, fica nítido que brechas serão deixadas e, obviamente, exploradas pelo tráfico.    Em síntese, percebe-se que os desafios encontrados pelas polícias de fronteiras brasileiras derivam do amplo território nacional, da baixa quantidade de efetivos e do investimento pífio que é feito em tecnologia. Portanto, cabe ao governo, em caráter imediato, promover concursos federais visando aumentar a quantidade de efetivos da Polícia Federal. Em paralelo, deve-se aumentar o valor dos recursos públicos disponibilizados para os sistemas de inteligências das polícias, visando promover uma maior capacitação tecnológica das mesmas!