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Enviada em: 22/01/2019

Segundo Zigmunt Bauman, sociólogo polonês falecido em 2017, a velocidade é a principal marca das sociedades atuais. Diante disso, a rapidez que caracteriza a pós modernidade afeta negativamente diversos aspectos da vida cotidiana, dentre estes, os diversos desafios que a polícia de fronteira no Brasil enfrenta no combate contra as drogas. O país faz fronteira com os três maiores produtores de cocaína do mundo, Colômbia, Bolívia e Paraguai, sendo o Paraguai ainda responsável pela venda de maconha, e a falta de um efetivo policial suficiente para lidar com o combate ao tráfico contribui para o aumento do problema.       O Brasil é um país de dimensões continentais, é o quinto maior do mundo em termos de extensão, e faz fronteira com 10 países. Dessas fronteiras, três  vem trazendo grandes problemas para sociedade brasileira: Colômbia, Bolívia e Paraguai são atualmente considerados os maiores produtores de cocaína do mundo, e usam suas fronteiras para entrar no país com drogas. O Paraguai, cuja fronteira com o Brasil está localizada na cidade de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná, ainda é um problema mais crítico. Além da cocaína, os traficantes do país também fazem contrabando de maconha, conseguindo assim uma porta de entrada importante para todo país.        O tráfico de drogas tem crescido em todo o país, gerando com isso o aumento da criminalidade de maneira exponencial. Ainda assim, apesar da dimensão do problema e da identificação das áreas críticas, o problema não está sendo resolvido de maneira eficaz.  O Brasil possui uma fronteira terrestre de 16.886 km e 7.408 de costa marítima, e até outubro de 2017, o efetivo da Polícia Federal era de apenas 982 policiais, quantidade insuficiente para impedir o acesso dos criminosos. Entretanto, é um problema de difícil solução não só no Brasil. Comparativamente, a fronteira dos Estados Unidos com o México tem 3.141 km de extensão, valor cinco vezes e meia menor que a do Brasil, e apesar de intensamente viajada, ainda não é impermeável as drogas.      O contrabando que adentra pelas fronteiras não é um problema exclusivo do Brasil, no entanto, devido ao tamanho das suas fronteiras, as ações para o seu combate precisam ser mais eficientes. O efetivo de policiais atuais é ínfimo, e ainda que fosse suficiente, somente homens nas fronteiras não seriam capazes de conter o problema, sendo necessário também um preparo adequado e o incremento de uma tecnologia avançada. Para isso, é necessário uma ação do Governo Federal, para um aumento da quantidade de policiais no país, além de verbas orçamentárias e incentivos que possam combater a criminalidade. Ainda, o Ministério da Educação e Ministério da Saúde devem atuar de maneira eficaz para trazer a população e as escolas uma política de combate contra as drogas.