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Enviada em: 06/08/2019

De acordo com o sociológo Polonês Zygmunt Bauman, o mundo vive um período de incertezas, onde a sensação de impunidade, a  violência, o medo e a insegurança imperam na sociedade. Nesse âmbito, no Brasil, os desafios da polícia de fronteira são cada vez mais visíveis, no que tange a vulnerabilidade e a escassez de profissionais em grande parte dessas áreas.     Em primeiro plano, é válido informar que segundo o portal (O Globo), apenas 4% das fronteiras do Brasil são monitoradas. Nesse ínterim,  o Brasil faz fronteira com os países que mais produzem drogas no mundo, bem como Colômbia, Bolívia e Paraguai, a partir desse contexto, presencia-se uma grande vulnerabilidade em relação ao tráfico e, consequentemente, ao crime organizado.   Em segunda via, de acordo com o Sindireceita (Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal), somente 15,98% dos policiais federais são responsáveis pelo controle de todo o fluxo do comércio internacional brasileiro nas zonas fronteiriças e aeroportortos. Contudo, o assunto de segurança pública vai além do controle das fronteiras. Os mais de 60 mil homicídios anuais [no Brasil, em 2017] certamente estão ligados ao descaso nessas regiões. Logo, a partir desses dados, percebe-se que o modelo de polícia adotado em todo o país está ultrapassado.    Portanto, é possível perceber de maneira congênere que no Brasil os desafios da polícia de fronteira é crescente. Urge que deve haver uma maior integração entre os órgãos envolvidos na vigilância das fronteiras. Dessa forma, a Polícia Federal, deve unir-se a Receita e a Polícia Rodoviária Federal. Com o fito de obter mais informações sobre o que se passa nos principais corredores da fronteira brasileira. Esta solução requer planejamento, serviço de inteligência e maior utilização de tecnologia. Além disso, para que isto aconteça de maneira eficaz, é preciso haver uma maior sinergia entre o governo federal e os estados. Estes, devem investir em novos agentes de policiamento e qualificar o sistema policial vigente.