Enviada em: 09/12/2017

O Brasil é o quinto maior país do mundo em território e conta com uma fronteira terrestre de 16.886 km. Em decorrência da majestosa diplomacia do Barão de Rio Branco, chanceler brasileiro durante a 1ª República, o Brasil possui fronteiras pacíficas com 10 dos 12 países da América Latina. Entretanto, a extensão territorial do Brasil implica algumas consequências negativas, pois o país é vizinho dos três maiores produtores de cocaína do mundo (Bolívia, Colômbia e Perú). Por consequência, o tráfico de drogas e o aumento da criminalidade nessa região faz com que as polícias sejam desafiadas diariamente.       Nos últimos anos ocorreu um aumento do tráfico de drogas e armas nas fronteiras brasileiras, e a prisão de alguns traficantes repercutiu em batalhas entre facções criminosas nas penitenciárias nacionais por rotas mais lucrativas no tráfico de droga. Essa realidade fez com que o Ministério das Relações Exteriores apontasse a proteção das fronteiras como um dos princípios da política externa nacional. Em decorrência disso, ocorreu em novembro de 2016 a Reunião Ministerial do Cone Sul sobre segurança nas fronteiras para o desenvolvimento e coordenação de ações.       Além do reconhecimento do problema no plano político, faz necessário o aumento do uso da tecnologia para a segurança das fronteiras, haja vista a impossibilidade financeira para a manutenção de efetivo humano para a fiscalização de todo a extensão territorial. Contudo, o que se percebe é que desde 2014 o orçamento do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras vem caindo acentuadamente.       Por conseguinte, a grande extensão lindeira brasileira faz com o que a fiscalização da polícia seja um grande desafio. O reconhecimento do problema no âmbito político foi um grande passo; no entanto, o investimento em tecnologias pode contribuir com o trabalho das autoridades responsáveis. Além disso, os países fronteiriços também carecem de interesse no assunto, pois o Brasil sozinho não é capaz de enfrentar esses criminosos.