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Enviada em: 04/01/2018

No filme "Em nome da lei" o juiz Marcos busca soluções para acabar com o tráfico na fronteira entre Brasil e Paraguai, porém percebe que a longa extensão da fronteira e a grande quantidade de traficantes é um desafio para a pequena quantidade de agentes da polícia. Fora das telas do cinema, a realidade brasileira não é diferente. A fronteira do Brasil com os países envolvidos com o tráfico é muito grande se comparada ao pequeno número de agentes da Polícia Federal.     A fronteira dos Estados Unidos com o México, possui 3.141 km, é intensamente vigiada, com rigoroso controle de tudo que por ali passa, e ainda assim é permeável às drogas. Enquanto no Brasil, tem-se uma fronteira cinco vezes e meia maior, equivalente a 16.886 km e conta com apenas 982 policiais para controle do tráfico. Esses agentes são poucos para conseguir fiscalizar um longa linha de divisão do país. Pois enquanto monitoram determinados pontos da fronteira, existem muitos outros sem uma devida fiscalização, facilitando a entrada de drogas no país.    As condições do combate ao tráfico nas fronteiras brasileiras, além de contar com poucos agentes, ainda possui uma deficiência no uso da tecnologia em favor das investigações policiais. Segundo o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), somente  660 km das fronteiras nacionais estão sendo monitorizadas por equipamentos tecnológicos, ou seja, apenas 4% da extensão total. Percebe-se que a utilização da tecnologia em favor das investigações ainda é pouca.    Para otimizar o controle do tráfico na divisa do país é necessário o envio de um maior número de agentes da Polícia Federal para a região, contando com um treinamento adequado e o estudo de estratégias determinantes para o impedimento da entrada de drogas no Brasil. Deve-se também buscar um auxílio maior das forças armadas para fiscalização das fronteiras. E por fim, um investimento do Governo Federal em novas tecnologias junto a Sisfron para alcançar cem por cento do território monitorizado por meios tecnológicos somando ao trabalho dos agentes.