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Enviada em: 01/03/2018

No limiar do século XXI, a polícia de fronteira no Brasil vive um grande desafio: o combate ao tráfico. Partindo deste pressuposto, a dificuldade dos agentes é a extensão territorial da fronteira brasileira. Além disso, o efetivo policial neste setor é insatisfatório.       A enorme extensão do perímetro de divisa do Brasil com seus vizinhos configura-se como um dos maiores problemas a serem confrontados pela polícia. Segundo dados da Polícia Federal (PF), o Brasil possui 16.886 Km de fronteira terrestre, ou seja, aproximadamente seis vezes mais que a dos Estados Unidos com o México. Nesse sentido, mesmo com todos os esforços do País para proteger essa região, o tráfico ainda é uma constante. Dessa forma, percebe-se que o Brasil deve focar no cerne do problema: os grandes produtores.        Ademais, cabe ressaltar que o número de policiais em operações na fronteira é insuficiente. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há cerca de 0,7 homens para cada quilômetro de fronteira. Tal resultado é  ainda menor que o mínimo estabelecido pela ONU - que é de um homem por quilômetro. Contudo, o serviço de inteligência da polícia brasileira avança a cada ano e encontra-se entre os melhores do mundo. Desse modo, é possível afirmar que um efetivo policial suficiente junto a um serviço de inteligência avançado são os primeiros passos rumo a uma fronteira mais segura.         Infere-se, portanto, que o tráfico é um grande desafio a ser combatido. Sendo assim, cabe ao Governo Federal aumentar o efetivo policial da PF e PRF nas fronteiras, através da criação de concursos públicos com maior frequência, a fim de acabar com o sentimento de inimputabilidade dos traficantes. Outrossim, é necessário que a Polícia Federal invista mais em tecnologia de rastreamento e identificação, principalmente no Comando de Operações Táticas (COT), com o intuito de cobrir a falta de agentes para fazer esta função. Só assim o Brasil caminhará a passos largos rumo a uma fronteira mais segura.