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Enviada em: 19/04/2018

Sabe-se que o Brasil faz divisa com os três maiores produtores de cocaína no mundo, sendo eles Colômbia, Peru e Bolívia, como resultado desse fato espera-se que a fiscalização nas fronteiras do pais seja rigorosa. Contudo, a margem mais movimentada, entre Brasil e Paraguai, que possui cerca de 17 Km de extensão territorial e 7 Km de costa marinha aproximadamente é a mais vulnerável diante das demais fronteiras, com ocorrências frequentes de tentativas de transporte ilegal de armas e drogas para o Brasil, porém diante das exageradas extensões e a falta de policiais nas fronteiras, muitos traficantes ainda conseguem atravessar essa margem.     A princípio, estima-se que um dos principais motivos para o elevado número de traficantes na fronteira Brasil-Paraguai é a falta de policiamento devido as elevas extensões marinhas e terrestres, o que facilitam a fuga dos traficantes. De acordo com notícias divulgadas pelo jornal O Globo, não só a margem de Foz do Iguaçu sofre com a falta de policiais, a notícia diz que apenas 4% das fronteiras brasileiras são monitoradas e com isso tem-se ainda muitas rotas livres para o tráfico. Para sanar esse problema, o Sindicato dos Policiais Federais afirma que seriam necessários pelo menos 500 policiais na área do Lago de Itaipu, além dos demais que teriam que fiscalizar a Ponte da Amizade, na qual ocorre diversos desvios de drogas e armas para que se livrem das pequenas fiscalizações.     Por outro lado, afirma o general Fernando Azevedo e Silva, chefe do Estado-maior do Exército não ser necessário apenas colocar homens nas fronteiras, é primordial a presença e investimentos em tecnologias mais avançadas para auxiliarem nos serviços contra o crime de tráfico de drogas e armas. Logo, tem-se um projeto liderado pelo Exército, no qual teve um investimento de R$ 1 bilhão desde seu início, que consiste em integrar radares, sensores, satélites e outros instrumentos de monitoramento e transmissão de dados, chamado de Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). No entanto, nos últimos anos houve um corte no orçamento desse sistema, em 2016 e 2017 o investimento despencou em 54%, o que dificulta um maior fortalecimento das ações diante das fronteiras.    Portanto, de acordo com os fatos levantados anteriormente, é perceptível a necessidade de mudanças para que o contrabando e o tráfico de drogas e armas diminuam nas fronteiras brasileiras. Medidas como a inserção de mais policiais nessas margens são essenciais para que haja uma rigorosa fiscalização em áreas com maior ocorrência de traficantes. Além disso, é necessário que o governo brasileiro financie o investimento de tecnologias que facilitem e auxiliem o trabalho dos policiais, para que juntos consigam finalmente diminuir os casos de tráficos ilegais no país.