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Enviada em: 20/04/2018

No limiar do século XXI, o Brasil defronta-se com o desafio de proteger suas fronteiras, problema esse que durante muito tempo era visto como exclusividade de países desenvolvidos como os Estados Unidos. Entretanto, a proteção de uma área que tem cinco vezes o tamanho da fronteira Estado Unidos-México, sendo grande parte na Amazônia, e que estabelece limites com dez países é um enorme desafio. É notório que essa problemática contribui para crescimento do fluxo de drogas e do contrabando, sempre acompanhado pelo crime organizado.       É relevante abordar, primeiramente, que o maior problema das fronteiras é o crescimento no uso de drogas, a prosperidade brasileira criou uma nova classe de consumidores, hoje sendo o segundo maior consumidor mundial de cocaína e outros narcóticos, atrás apenas dos Estados Unidos. O Brasil  faz fronteira com os três maiores produtores mundiais de cocaína: Colômbia, Bolívia e Peru, cerca de 20% da cocaína do mundo é produzida pela Bolívia, 42% no Peru e 38% na Colômbia, estima-se que mais de 70% da cocaína consumida no Brasil venha da Bolívia, segundo o Ministério da Defesa. Diante disso, nota-se que em muitos locais da fronteira brasileira a presença do Estado é mínima, e não oferecem nenhum obstáculo para o crime organizado, tudo isso facilita a entrada de drogas.       Deve-se abordar, ainda, que a negligência do Brasil com suas fronteiras também tem contribuído com uma enxurrada de produtos importados baratos, a falta de recursos para controlar as fronteiras é um problema que a polícia tem enfrentado de forma descontável. Cerca de 10 mil quilômetros das fronteiras brasileiras são formados por selvas densas, cortadas por rios que nascem em países vizinhos e entram em território brasileiro, o que facilita a vida dos contrabandistas. É evidente que ações sejam feitas para ajudar no controle, como ter uma relação com esses países produtores para que o contrabando possa ser atacado dentro no território deles.        Evidencia-se, portanto, que para minimizar essa problemática, é preciso que tenha um trabalho investigativo nas fronteiras através de iniciativas por parte do Ministério da Integração Nacional em conjunto com Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira. Cabe ao Ministério da Justiça aumentar o efetivo de policiais, criar mais pelotões de fronteiras e gerar uma maior capacitação no controle das fronteiras, como o uso de modernas tecnologias e treinamento profissional permanente. Assim sendo, políticas públicas e projetos governamentais para as fronteiras são necessários a fim de reduzir o fluxo de drogas e contrabando que entram no nosso país, como também combater ao crime organizado.