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Enviada em: 21/04/2018

Gato e rato     Durante o período colonial, os rios brasileiros eram utilizados para o escoamento da produção, por exemplo, das drogas do sertão, no Amazonas, até os portos. Com o avançar dos séculos, as vias hídricas perderam seu espaço na dinâmica econômica do país e, hoje, estão servindo como uma das  portas de entrada para o tráfico e contrabando de drogas e mercadorias. Nesse contexto, é fundamental analisar os fatores que acentuam a dificuldade dos policiais de evitar a inserção desses materiais no território.     É importante salientar a extensão da fronteira do Brasil como um aspecto fundamental. De fato, controlar toda vastidão dos limites territoriais, terrestres ou costeiros, requer um grande número de agentes treinados para atuar em diversas condições, além de desenvolvimento estratégico para cobrir a diversidade de rotas como, por exemplo, as imensas plantações das áreas rurais próximas à região limítrofe.     Ademais, a falta de recursos para o investimento em novas tecnologias, incrementa a dificuldade enfrentada pelos agentes. Tendo em vista o baixo número de policiais, é humanamente improvável conseguir monitorar todas as rotas e probabilidades, todos os meios, além de condições externas que possam interferir nesses cenários, sem a intensa ajuda de instrumentos computadorizados. Por exemplo, utensílios de visão noturna ou radar de rastreamento via satélite que além, de auxiliarem, evitam que os vigilantes sofram emboscadas.     Fica claro, portanto, a dimensão do limite territorial com um reduzido número de agentes desabastecidos de tecnologia de ponta. A fim de que tal realidade mude, é necessário que o Governo Federal estabeleça relações de acordos com as nações vizinhas a fim de combinar as forças de segurança das fronteiras em um auxílio mútuo. Além disso, cabe ao Ministério da Defesa desenvolver novas formas de monitoramento através da importação de ideias, tecnologias e simulações de treinamentos dos países de primeiro mundo. Por fim, a criação de cursos especializantes, para este tipo de atuação, pelas instituições militares, a fim de aumentar o efetivo de homens. Somente assim será possível por um fim nessa perseguição de gato e rato entre policiais e traficantes em nossas fronteiras.