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Enviada em: 23/04/2018

O período colonial do Brasil, mais especificamente o ano de 1624, foi marcado pela invasão holandesa no território brasileiro, conflito que foi resultado da postura de negligência e abandono adotada pelo governo português em relação às fronteiras da colônia. Hodiernamente, ameaçado pelo tráfico de drogas provindas de outros países latino-americanos, o Brasil insiste em reproduzir a conduta dos seus colonizadores, uma vez que trata suas divisas da mesma maneira que antigamente. Logo, superar esse desafio é essencial haja vista que põe em jogo a segurança da população.      A priori, a desvalorização do ofício policial por parte do Estado mostra-se um grande empecilho para a segurança fronteiriça do país, uma vez que os baixos salários e a falta de  equipamentos, bem como o uso de sistemas de monitoramento ultrapassados, dificultam a produtividade desses profissionais. Ademais, segundo dados da SISFRON, Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, apenas 4% dos limites do país são cobertos, o que indica que a quantidade de policiais em atividade nessas áreas é insuficiente.      De acordo com Émile Durkheim, sociólogo, a sociedade pode ser comparada a um “corpo biológico”, pelo fato de que ela também é composta por partes que interagem entre si. Nesse contexto, a falta de instrução e debate no que diz respeito ao uso de drogas e mercadorias ilegais está em desacordo com os esforços feitos para impedir a entrada desses produtos no território brasileiro, o que impede que as políticas de combate se concretizem. Paralelamente, o excesso de repressão aliado à falta de prevenção ajuda a perpetuar a influência do tráfico de drogas na sociedade, visto que seus efeitos não atingem o cerne do problema.      Torna-se evidente, portanto, que o descaso governamental no que tange à força policial e a educação refletem diretamente na segurança das suas margens. Para que esses desafios sejam superados, é necessário que o Ministério da Defesa invista na contratação de mais policiais e a adoção de uma tecnologia mais avançada de monitoramento, aquele através de concurso público e esse por meio de parcerias com a iniciativa privada, a fim de garantir a segurança das fronteiras. Além disso, as escolas devem promover palestras e debates sobre o uso de drogas, visando educar os jovens acerca de suas implicações e consequentemente, reduzir o domínio dos importados ilegais no Brasil.