Materiais:
Enviada em: 18/04/2018

"O importante não é viver, mas viver bem". segundo o filósofo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância que ultrapassa o da própria existência. Entretanto, a situação do sistema de saúde pública rompe com essa harmonia platônica. Com isso, ao invés de agir para aproximar a realidade descrita por Platão da vivenciada por milhões de brasileiros, a falta de ações governamentais acabam por contribuir com a situação atual desse sistema e suas consequências.   É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Contudo, a realidade atual não apresenta esta homeostase aristotélica, haja vista que a falta de infraestrutura nos postos de saúde e hospitais, a insuficiência de atendimento médico bem como a falta de remédios acabam deteriorando a qualidade de vida dos cidadãos do país e constituindo-se uma afronta aos ditames da própria Constituição Cidadã, a qual afirma a saúde humana como um direito fundamental. Desse modo, urge a necessidade de aproximar a realidade descrita por Platão da que a população vivencia.    É fundamental destacar, ainda, os efeitos dessa patologia social. De acordo com o filósofo Durkheim, a falta de ações das instituições sociais acabam sempre em anomia social, isto é, em consequências. Logo, é possível afirmar que essa falta de ações  vem, hodiernamente, aumentando as filas de pacientes nos postos de saúde há espera de atendimento médico, doenças que poderiam ser tratadas acabam se agravando pelos corredores, configurando um verdadeiro caos e, principalmente, uma afronta aos direitos do cidadão dentro do Estado Democrático de Direito. Destarte, deve ser premente uma tomada de medidas para a garantia da harmonia platônica no sistema de saúde.    Diante dos aspectos supracitados, é evidente que há entraves para que a saúde pública seja de fato eficiente. Para tanto, é preciso que o Ministério da Saúde convirja maciços investimentos em programas de saúde planejados para os municípios conforme o número de habitantes, o que inclui médicos e disponibilidade de remédios em quantidade suficiente para atender a demanda, bem como investimentos na infraestrutura hospitalar e dos postos de saúde, no intuito de que a população brasileira possa viver melhor. Outrossim, é preciso que a Secretária de Saúde de cada município desenvolva um mapeamento do setor de saúde local e enviem aos órgãos de saúde estaduais e federais competentes, afim de  que as ações governamentais sejam precisas e eficazes contra tal fato social. Assim, os brasileiros não apenas viverão, mas viverão bem.