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Enviada em: 13/05/2018

Em Belo Horizonte, hospital particular reserva um andar inteiro para que Neymar, jogador de futebol, possa se acomodar e realizar seus tratamentos médicos. Em contrapartida, nas redes públicas a realidade tem sido distinta, haja vista o debate sobre a situação nefasta da área da saúde brasileira. Nesse contexto, é importante ressaltar a lógica precária desse setor, seja pela negligência estatal em garantir o bem-estar social, seja pelo comportamento apático da população.       É inegável que a negligência do Governo com a saúde pública é o principal fator para tal cenário deplorável. Segundo John Locke, filósofo inglês, é dever do Estado, como constituinte, garantir os direitos do cidadão. Essa afirmativa, porém, não representa da situação da saúde pública brasileira, visto que a população sofre com as péssimas condições dos hospitais sem aporte, superlotados e com filas de espera mais duradouras que a vida de muitos pacientes. Os brasileiros, desse modo, sofrem diariamente com essa precariedade e muito se discute sobre os escassos e ineficientes investimentos.       Outrossim, a apatia e o comodismo da população frente ao descaso com a saúde pública apresentam-se como pilares desse setor precário. Consoante Rousseau, filósofo suíço, o funcionamento do contrato social exige a fiscalização do povo. Isto é, os habitantes têm o dever de fiscalizar se a ordem social está sendo mantida, mas essa função não é cumprida, na maioria vezes, pois parcela desses se mantêm omissos diante de tamanha negligência e apáticos em relação à mudanças na realidade de saúde pública brasileira. Com isso, as péssimas condições dos hospitais perduram e os menos abastados se tornam vítimas desse sistema frágil.       Diante do exposto, é preciso promover o debate e a realização de melhorias na saúde pública do Brasil de forma breve. Isso cabe ao Governo Federal, paralelo à OMS, em promover companhas de qualificação hospitalar ao investir em equipamentos, profissionais e fármacos. Ademais, a população como fiscal de uma sociedade contratual, exigir a eficiência dos investimentos governamentais por meio de debates, como o apoio da mídia, a fim de informar aos indivíduos a importância e a necessidade de um sistema de saúde de qualidade. Portanto, somente assim os direitos e o bem-estar dos brasileiros serão garantidos, semelhante aos "Neymares" abastados e favorecidos.