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Enviada em: 03/05/2018

Desde a colonização brasileira, a saúde é tida como obstáculo, no qual privilegiados como os colonizadores tinham total acesso, o que não correspondia aos demais membros da sociedade. Entretanto, algumas mudanças foram notadas no período de D. Pedro I, que tentou trazer medidas para melhorar a saúde do povo, como órgãos para vistoriar a higiene pública e faculdades com suporte para atender a população. Aliás, foi somente após um século que essa área passou a fazer parte dos direitos do cidadão e, embora acompanhada de vários avanços, o sistem sofre, agora, com a  inacessibilidade.      Em primeira análise, é preciso mencionar que o Brasil já foi, por muito tempo, considerado um país insalubre, onde viver era um risco. Nesse sentido, vale mencionar que para evitar essa imagem, o país adotou uma postura mais responsável, com medidas profiláticas, a exemplo dos investimentos em saneamento básico, criação de hospitais, originou o Ministério da Saúde e, também, criou um dos sistemas mais importantes de universalização e equidade no atendimento, que é o SUS. Não à toa, a OMS registrou um gasto de quase 70% do orçamento público brasileiro com a saúde, dados correspondentes a década de 90, pouco tempo após a criação do SUS. Em vista disso, a população teve um crescimento vertiginoso em expectativa de vida e uma queda acentuada da mortalidade.                Todavia, é pertinente ressaltar que a falta de descentralização dos investimentos fez com que muitas áreas se tornassem polos de atendimento, enquanto outras indispõe da estrutura necessária para as situações mais complexas. Com isso, surge a problemática do superlotamento das unidades de saúde, que é responsável por dificultar o dinamismo do atendimento e, desse modo, compromete ainda mais o estado clínico do paciente. Além disso, o fato de, no Brasil, possuir também o sistema privado, faz com que muitos que possuem uma condição financeira maior, opte pelo particular e, assim, perde-se a expressividade das grandes massas para pressionar o Estado a cumprir com o artigo 6 – saúde como direito social – já que não necessitam dos mesmos meios, deixando os mais carentes a mercê de uma assistência pública lenta e degradante.     Urge, portanto, que a sociedade e as instituições públicas cooperem para mitigar os problemas deletérios do país. Assim, cabe ao cidadão o engajameto em organizações que prezem pela informação acerca dos direitos de cada indivíduo, incluindo a saúde como fator preponderante para a manutenção do bem-estar, a fim de que, por meio da conscientização, possam reunir mutirões e pressionar o Estado a estabelecer um sistema mais justo e eficaz. Outrossim, os demiurgos da saúde devem atender a população menos abastada, convocando mais médicos e melhorando a infraestrutura dos hospitais para que esses locais disponham de recursos suficientes e evite a migração para polos superlotados.