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Enviada em: 06/10/2018

Inspirada nos ideais iluministas de igualdade, a Constituição Cidadã de 1988, garante, no âmbito dos direitos sociais, o acesso à saúde para todos. No entanto, vive-se no Brasil, devido a questões administrativas e sociais, entraves relacionados ao Sistema Único de Saúde e o não cumprimento dessa garantia constitucional.      A princípio, é possível observar que essa circunstância está enraizada nas dificuldades econômicas do país. Tangente a isso, sabe-se que o investimento na saúde pública diminuiu 85% nas últimas duas décadas, segundo o Datafolha. Ademais, as taxas atuais de desemprego são as maiores da história, o que gera uma maior demanda ao SUS devido à dificuldade em pagar um plano de saúde privado. Fatores que, quando somados, geram um desequilíbrio no sistema e a superlotação dos hospitais públicos.       Outrossim, a corrupção é um fator preponderante nesse cenário. Quanto a isso, as notícias de desvio de verbas públicas que seriam destinadas à saúde são freqüentes, desde a menor das prefeituras até o Governo Federal. Tal fator ganha mais força devido à falta de ação dos cidadãos, que não acompanham os políticos que elegeram de perto, após o pleito, pois como afirmou o ativista Martin Luther King, um povo que aceita o mal sem protestar, coopera com ele. Outro impasse a ser adicionado nessa equação é o envelhecimento da nação, visto que, segundo o IBGE, a população idosa brasileira cresceu 16% nos últimos quatro anos. Assim, esse índice aponta um crescimento da procura aos serviços hospitalares por se tratar de um grupo de risco na maioria das enfermidades, o que colabora com a crise.       Portanto, medidas se fazem urgentes para mitigar este quadro. Ao considerar a educação como primeiro passo para a mudança, o MEC, em parceria com as escolas e cientistas políticos, deve estimular, desde a educação básica, uma maior consciência política nos cidadãos, através de campanhas que envolvam palestras nas escolas e a inserção de disciplinas sobre política na grade curricular, a fim de formar melhores eleitores. Além disso, o Ministério da Saúde deve reformular o SUS, investindo mais em Unidades de Pronto Atendimento, as UPA’s, e no Programa de Saúde da Família, aumentando a estrutura e contratando mais pessoal especializado, afim de melhorar a prevenção, aumentando assim a proporção de doenças graves que necessitam de tratamentos mais caros. Para que dessa forma, o Brasil cumpra o que promete em sua Carta Magna.