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Enviada em: 19/05/2018

A Constituição Federal do Brasil, promulgada em 1988, declara que a saúde deva ser garantida a todos os cidadãos do país, de forma homogênea. Entretanto, observa-se que tal assertiva encontra-se restrita ao âmbito formal, uma vez que os recentes surtos de dengue,chicungunha e zika, aliados à morosidade dos atendimentos hospitalares, corroboram a situação caótica enfrentada pelo setor de saúde do Brasil. Nesse contexto, tanto a sociedade civil brasileira, quanto o setor governamental do Estado, permitem a continuidade desse infortúnio, a medida não atuam em consonância para amenizá-lo.            De acordo com o filósofo inglês Thomas Hobbes, o homem pode ser considerado o lobo dele mesmo. Sob essa ótica, verifica-se que inúmeras ações antrópicas, como aquelas que degradam o ambiente natural ou espalham lixo pelos lotes vagos, configuram-se como prejudiciais à manutenção da saúde pública, uma vez que facilitam a reprodução dos mosquitos vetores, os quais podem transmitir doenças endêmicas para a população. Tal conjuntura pôde ser observada nos últimos meses de 2017, em que pelo menos 357 municípios brasileiros estavam com surto de dengue, segundo o LIRAa. Outrossim, mais de 9% das casas visitadas continham larvas mo mosquito transmissor, mostrando a imprudência da população diante do problema.           Além do exposto, constata-se um cenário de morosidade no que tange aos atendimentos e consultas populares, realizados pelo Sistema Único de Saúde. Nesse viés, observa-se que é de resonsabilidade estatal a garantia de médicos e ferramentas hospitalares fundamentais, bem como a difusão contínua de campanhas para erradicar doenças. Contudo, é perceptível que existe uma desorganização na atuação desse setor, pois há uma falta de profissionais nos postos públicos, assim como existem filas enormes de atendimentos que deveriam ser emergenciais. Desse modo, o sistema de saúde pública permanece em situação de calamidade, com precisão de ser prontamente corrigido.        Portanto,nota-se que o acesso à saúde gratuita no Brasil não caracteriza-se como um fato homogê-neo, demandando reajustes para sua possível efetivação. Logo, cabe ao Ministério da Saúde,em parceria com as universidades federais e privadas brasileiras, disponibilizar um maior número de vagas de residência médica em hospitais públicos, oferecendo um treinamento intensificado para que os alunos se encontrem preparados, inseridos dentro de um ambiente com boa base e conhecimento sólido.  Ademais, a própria população pode organizar um grupo nas redes sociais, com o foco voltado para a preservação vegetal e limpeza de locais abandonados. Isso deve ser perenizado por ONG’s ambientais em comunidades e escolas, objetivando angariar voluntários para a realização dessas tarefas. Com a efetividade de tais medidas, o caos na saúde pública do país ficará restrito ao passado.