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Enviada em: 02/06/2018

A Reforma Sanitarista, ocorrida no período da Ditadura Militar, visava melhorias à saúde pública do Brasil. Porém, foi em 1988, que oficializou-se a universalidade do acesso a saúde na Carta Magna. Dessa forma, nota-se que hodiernamente essa teoria é constatada na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente perante à realidade do país seja pela carência  de políticas públicas, seja pela negligência hospitalar.     É primordial ressaltar que a omissão governamental frente ao sistema público de saúde corrobore para o caos. Nessa perspectiva, como disserta o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser implantada de maneira que , por meio da justiça, a harmonia seja alcançada no corpo social. Seguindo essa linha de pensamento, é evidente que a falta de insumos hospitalares e de uma infraestrutura de qualidade rompa com tal equilíbrio, e, por conseguinte, agrave as filas de atendimento diariamente, bem como a insuficiência de assistência médica.    Outrossim, constata-se que o repúdio de muitos profissionais da saúde aos pacientes esteja entre os fatores que do impasse. Nesse sentido, segundo o filósofo John Locke, todo cidadão tem o direito a igualdade social independente de qualquer circunstância. De maneira análoga, é irrefutável que tais práticas negligentes estão intimamente ligadas a má formação profissional, no qual além de transgredirem o juramento médico-paciente, rompem  com a equidade constitucional. Em consequência disso, tem-se o erro na aplicação de medicamentos, bem como a negligência no atendimento e muitas vezes até à morte.    Torna-se evidente, portanto, que há entraves para a construção de um sistema hospitalar de qualidade. Destarte, é imprescindível que o Ministério da Saúde, por meio de projetos e leis, amplie o número de hospitais por todas as regiões do país, além de multar aqueles que negligenciam os pacientes, e por fim expandir o total de subsídios destinados ao SUS para ampliação de leitos e atendimentos, no fito de efetivar um acesso de qualidade, agilidade e mais segurança a todos os brasileiros. Assim, será possível chegar ao equilíbrio como propõe Aristóteles.