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Enviada em: 26/07/2018

Em 1904, a Revolta da Vacina representou a insatisfação popular com o governo, sendo a imposição da vacinação obrigatória como principal motivo da revolta. No Brasil hodierno, ainda, é possível notar a grande insatisfação da população com o governo, entretanto, ligado aos problemas presentes na saúde pública. Nessa conjectura, é evidente a necessidade de investimentos do poder público nesse setor deficitário e, também, melhorias na distribuição de profissionais da saúde.        Embora o governo federal venha ampliando o número de tratamentos oferecidos na rede pública no Brasil, nota-se que, ainda não há investimentos suficientes, principalmente quando comparado ao setor privado. Isso porque, os altos custos de contratação de serviços pela rede privada são quase impossíveis de serem financiados pelo SUS(Sistema Universal de Saúde), desfavorecendo a população que não pode pagar planos de saúde privados. Em 2017, na cidade de São Paulo, um grupo de pessoas foi às ruas tentar democraticamente solucionar esse crítico cenário que envolve um dos direitos mais significativos da Constituição Federal de 1988: Direito à saúde. Assim, imprimir saúde de qualidade não é só uma questão político-social, mas também um infringir de direitos fundamentais.       Outrossim, deve-se perceber a necessidade de melhorias na distribuição regional de profissionais da saúde. Isso porque, apesar de ser crescente o número de médicos ao longo dos anos, grande parte deles estão distribuídos nas grandes cidades, o que torna bastante demorado os atendimentos no setor público, por não haver médicos suficientes nessas regiões. Corrobora com esse fato os dados do Conselho Federal de Medicina, os quais mostram que nas cidades do interior estão concentrados aproximadamente 40% dos médicos do país, sendo essas as que concentram mais de 70% da população do país. Logo, é preciso haver uma mudança no âmbito da saúde para atender as necessidades dos cidadãos.       Infere-se, portanto, que a má administração da saúde pública no Brasil implica grandes prejuízos para a população e que uma solução viável seja apresentada. Para tanto, compete ao Ministério da Saúde, à mídia e à escola, por meio de uma ação conjunta desses agentes, desenvolver uma política de interiorização, com maiores salários para os médicos nas pequenas cidades; campanhas publicitárias promovendo a conscientização das pessoas para prevenção de doenças e projetos sobre a importância do consumo de alimentos saudáveis, evitando assim o encarregamento de hospitais. Dessa forma, será possível, a longo prazo, reverter o cenário atual e ofertar condições de saúde mais justas aos cidadãos brasileiros. s