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Enviada em: 17/10/2018

Na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, é destacado que a saúde é um bem comum e deve ser direito de todos. Em vista disso, a Reforma Sanitarista que ocorreu em 1970, durante o Regime Militar brasileiro, reivindicava melhorias na saúde pública  e a criação de um sistema universal que fosse acessível para todas as classes sociais, sendo assim constituído na Carta Magna em 1988. Todavia, embora o Sistema Único de Saúde fosse pautado na gratuidade e na garantia do direito a saúde, a falta de administração coerente com a real demanda evidencia que o sistema está em crise.       A priori, é importante destacar que a falta de estrutura nos hospitais, ausência de remédios, equipamentos para procedimentos simples e as enormes filas de espera, fazem parte da realidade do cidadão que depende do SUS, tornando-se um perigo à vida. Não obstante, a Constituição Cidadã promulgada em 1988, garante a saúde como direito e sendo papel do Estado promove-la, no entanto, é visto que o Estado não investe recursos coerentes com a realidade do SUS por não possuir um planejamento eficiente com a saúde. Em decorrência disso, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil investiu somente 3,6% do orçamento do Governo Federal em 2018, ficando abaixo da média mundial que é 11,7%.       Ademais, outro fator relevante é a escassez de médicos, enfermeiros e hospitais em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, deixando a população de classe baixa excluída do SUS. Em contrapartida, nas cidades a concentração de profissionais da saúde é mais do que suficiente para atender a demanda, tornando a má distribuição de profissionais mais um entrave para saúde pública. De acordo com a ONU, no Brasil existem 2,11 médicos para cada mil habitantes, superando a média mundial que é 1 médico para cada mil habitantes.       Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. Cabe às camadas dominantes de cultura, promover manifestações democráticas nas redes sociais, a fim de exigir que o Poder Executivo priorize o planejamento da saúde, por meio da elaboração de um projeto que estabeleça investimentos proporcionais as necessidades do SUS, garantindo o acesso a remédios, equipamentos e hospitais de qualidade. Além disso, o Poder Executivo também pode ampliar a rede de hospitais, criar novas universidades de medicina e enfermagem nas regiões mais afastadas, além de oferecer especializações para médicos e enfermeiros recém formados com intuito de ampliar o interesse e atrair mais profissionais para essa áreas, dessa forma a crise na saúde pública seria controlada e diminuiria conforme os planejamentos são colocados em pauta, e assim garantiria todos os direitos dos cidadãos.