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Enviada em: 19/06/2018

Antes da criação do SUS, em 1988, o serviço médico nacional, realizado pelo INAMPS, atendia somente os cidadãos que tivessem carteira assinada, excluindo aqueles que estavam desempregados. Sob essa ótica, a criação do SUS representa uma grande conquista, pois aumentou o acesso à saúde da população brasileira. Apesar disso, a saúde pública ainda enfrenta muitos problemas, como, por exemplo, hospitais lotados e falta de medicamento, tornando-se necessário o debate a fim de mudar tal quadro.     É preciso considerar, antes de tudo, a corrupção e o desvio de verbas para outros fins como uns dos agravadores da deficiência do sistema de saúde no Brasil. Segundo a entidade não governamental Contas Abertas, na Inglaterra o investimento público em saúde é cinco vezes maior do que o brasileiro. Junto a isso, o Brasil é apontado como um dos países onde mais se pagam impostos no mundo. Tais dados evidenciam o desvio de dinheiro que é feito nos cofres públicos, dinheiro esse que deveria ser convertido em medicamentos, novas macas, ambulâncias e equipamentos modernos para a realização de exames.     Somado a isso, o quadro de profissionais desqualificados resulta em um alto número de mortes dos pacientes. Nem todas as faculdades oferecem os recursos e o suporte necessário para um bom aprendizado na área da saúde. A falta de agilidade e o despreparo para realizar algum procedimento são os grandes problemas no momento de atender aos pacientes. A consequência disso é a morte, em hospitais, de 3 brasileiros a cada 5 minutos,  segundo o  site UOL.     Logo, é fundamental que a Controladoria-Geral da União (CGU) intensifique a fiscalização financeira dos cofres públicos e, junto ao Poder Judiciário, puna as infrações de desvio de verbas cometidas pela administração pública, a fim de promover a transparência da gestão desta e garantir que o dinheiro seja destinado à melhoria da infraestrutura dos hospitais e à distribuição de remédios. Ademais, o Ministério da Educação deve investir nos cursos de saúde, melhorando os hospitais escolas e incluindo na grade curricular aulas simuladoras de situações difíceis que os futuros agentes da saúde poderão enfrentar, com o intuito de promover a formação de profissionais preparados para socorrer os pacientes de forma eficiente e, assim, evitar que vidas sejam perdidas.