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Enviada em: 25/06/2018

Durante a ditadura militar foram crescentes os anseios da população por melhorias na saúde. Nesse sentido, na década de 80 eclodiu a Revolução Sanitária, que contava com profissionais da área defendendo o direito à saúde. Assim, a Constituição de 1988 atendeu às demandas da revolução, estabelecendo a saúde como um direito alienável do cidadão, somada à instituição do Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, o Brasil enfrenta desafios na manutenção da saúde pública, devido à falta de investimento no setor, além da ineficácia do SUS.        Por esse viés, observa-se que a falta de investimento no setor público, em especial na saúde, contribui para as precárias condições de atendimento à população, com falta de estruturas adequadas. Decerto, a má distribuição dos recursos é um desafio a ser enfrentado, sendo evidente ao analisar dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que mostram a realidade do Brasil, no qual investe apenas 10% na saúde, índice menor quando comparado a países em alerta, como a África. Por conseguinte, devido à falta de recursos, o SUS é impossibilitado de agir de acordo com seus princípios de qualidade e isonomia, com falta de médicos em regiões afastadas, além de ausência de estruturas nos hospitais e centros de saúde.        Ademais, apesar do SUS ser o maior sistema público de transplante de órgãos, segundo a OMS, as suas políticas de atendimentos em hospitais e centros de saúde são ineficazes e ultrapassadas. Desse modo, utilizar princípios de 1988, sem a atualização necessária que a sociedade brasileira demanda, contribui para a problemática. Assim, fica evidente que a atual configuração da população brasileira não é a mesma à época da Constituição, houve um acentuado processo de crescimento populacional. Urge, portanto, a adequação à nova realidade, com mais médicos e centros de saúde, além de maior disponibilidade aos médicos de ferramentas de trabalho.     Fica claro, portanto, que é necessário modificar a saúde pública brasileira. Nesse sentido, é fundamental a ampliação do investimento público em setores da saúde. Assim, o Governo Federal deve repassar maior verba aos Municípios, com o intuito de criação de mais hospitais e contratação de mais médicos em áreas afastadas, além da melhoria da infraestrutura e logística de postos e centros de saúde, com o apoio de pesquisas científicas. Por conseguinte, melhor atendimento será oferecido à população, além de atender às novas demandas brasileiras, fazendo jus ao direito previsto na Constituição.