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Enviada em: 01/07/2018

No que se refere ao direito do cidadão, a constituição brasileira de 1988 instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), o qual deveria garantir, de forma universalizada, saúde de qualidade à população.Todavia, do ponto de vista prático, tal serviço demonstra-se incapaz de cumprir com o propósito para o qual foi criado. Desse modo, são passíveis de discussão os desafios enfrentados, hoje, pela saúde pública do país.   No que diz respeito à problemática em questão, pode-se tomar como primeiro ponto a ser ressaltado a falta de infraestrutura em grande parte dos hospitais. Estes apresentam, em muitos casos, falta de medicamentos, de leitos e de instrumentos médicos e materiais necessários às consultas e tratamentos hospitalares.Em alguns, inclusive, os pacientes e funcionários ainda precisam lidar com consultórios sujos e com a falta de mesas. Tal deficiência é consequência, em parte, do baixo investimento dos governantes na área da saúde. Em 2010, por exemplo, o Brasil gastou apenas 10,6% de seu orçamento público total com a saúde, taxa inferior aos valores da média mundial e de outros países emergentes. Isso resulta em instituições de saúde deficientes, incapazes de prestar um atendimento de qualidade à população.   A falta de profissionais da área da saúde também se mostra como fator relevante no que concerne às deficiências do SUS. Muitos destes dedicam anos e anos à formação necessária ao exercício da profissão para, concluído os estudos, depararem-se com precárias condições de trabalho. Isso resulta na concentração desses profissionais nos hospitais dos grandes centros urbanos, os quais oferecem melhores condições de trabalho. Na contramão dessa realidade, têm-se os centros médicos localizados no interior e em áreas pobres que, por sua vez, repelem  médicos em virtude da maior concentração de problemas.    Em suma,  para resolver o problema da saúde pública no país, faz-se necessário que a população exerça a cidadania e cobre aos governantes melhorias em relação ao SUS. Para tanto,o governo deve direcionar maiores investimentos ao setor hospitalar, promovendo a melhoria da infraestrutura dos hospitais. Ademais, como solução paliativa, visando ao atendimento médico em áreas pobres e interioranas, deve-se dar continuidade ao programa mais médicos, contudo, é necessário garantir a capacitação de tais profissionais. Por fim, a fim de aliviar o atendimento em prontos-socorro e hospitais em um país no qual a cultura de prevenção é pouco desenvolvida, deverá ser dado maior foco à atenção primária, sendo realizados mutirões de vacinas e orientações em prevenção à hipertensão, além de acompanhamento psicossocial.