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Enviada em: 08/07/2018

A quebra de uma velha estrutura  Para o escritor britânico Oscar Wilde, que viveu no século XIX, época de grande avanço do racionalismo, " O primeiro passo é fundamental na evolução de um homem e/ou nação". Nesse contexto, faz-se necessário sair da inércia e engendrar - conscientemente - medidas cuja asserção seja combater o descaso com a saúde pública brasileira. Em vista disso, é fundamental uma análise em relação às circunstâncias que contribuem para a precarização e ineficiência desse complexo.    Em primeiro lugar, é precípuo ressaltar que o sistema de saúde é imprescindível para o bem-estar da sociedade. No entanto, no Brasil, essa importância não é maximizada, visto que a saúde pública no país, muitas vezes, não conta com os investimentos necessários para o seu funcionamento pleno. Isso porque em uma ordem neoliberal, na qual as dinâmicas econômicas têm uma grande importância, as nuances sociais tendem a ser relegadas à segundo plano. Prova dessa premissa estão nas constantes reportagens feitas pelo G1, nas quais são demonstradas as precariedades das acomodações dos pacientes - quando existem - e a falta de utensílios básicos para que os médicos possam trabalhar. O problema, porém, não se resume a essa situação.    Outrossim, é imperioso considerar que a universalização da saúde pública não se aplica na prática. Sim, mesmo com a criação do Sistema Único de Saúde( SUS), a grande abrangência populacional idealizada por esse projeto não foi devidamente instituída. O fato é que a grande burocratização desse sistema inviabiliza o tratamento de grande parcela populacional que, por vezes, pela demora no atendimento ou na realização de um procedimento cirúrgico, acabam falecendo. Além disso, a precariedade da estrutura física dos hospitais, como manifestado pela Veja, no qual trazia uma reportagem demonstrando o vazamento de esgoto próximo às habitações dos pacientes, certificam a precariedade da infraestrutura dos hospitais, assim como a falta de respeito com a população.    Urge, portanto, a proeminência de medidas concretas para esse revés. Para tanto, cabe à mídia cumprir com a sua função social e, mediante propagandas publicitárias e novelas, transmitir à sociedade os reais problemas enfrentados pela saúde pública no país, a fim de que a sociedade reivindique dos governantes investimentos no (SUS), visando a desburocratização e a universalização do sistema. Ademais, compete ao Estado priorizar os investimentos na saúde pública, melhorando a infraestrutura dos hospitais, com o aumento dos leitos para pacientes com locais dignos de habitação, e, também, condicionando condições dignas de serviço aos médicos. Assim, com propostas abrangentes, haverá a quebra de uma visão inatista e naturalista de impossibilidade de mudança.