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Enviada em: 15/07/2018

A Revolta da Vacina, em 1924, no Brasil, representa a indignação da população com o governo, sendo como um dos precursores da revolta: a imposição da vacinação obrigatória. Na atual conjuntura, o descontentamento social não é diferente, entretanto, agora está vinculado, diretamente, aos problemas presentes na saúde pública brasileira, a qual representa um desafio a ser enfrentado, de forma mais organizada. Dessa maneira, é necessário analisar os obstáculos desse fenômeno, cujo prejuízo é enorme para a qualidade de vida social.     De início, cabe salientar que a falta de infraestrutura inviabiliza o sucesso do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo os dados do Tribunal de Contas da União (TCU), indicam que 64% dos hospitais estão sempre superlotados, sendo apenas 6% que nunca estão cheios. Sabe-se , assim, que má distribuição de equipamentos e medicamentos, a escassez de leitos disponíveis, a demora no atendimento médico, nas marcação de consultas e exames, referem-se à alguns dos inúmeros fatores, os quais justificam a ineficiência dos hospitais federais e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Logo, os recursos em vigor são insuficientes para efetivar as perspectiva do SUS: atender todos os brasileiros, sem distinção, de forma universal e integral.      É notório, ainda, que a má gestão financeira e a corrupção, também, podem ser relacionados às falhas do sistema de saúde pública. De acordo com a Fundação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), até 2,3% do PIB nacional são perdidos por ano, com práticas corruptas. Observa-se, que se esse dinheiro fosse destinado aos serviços de saúde, seria possível maior expansão nos setores mais procurados pela população - as Unidades Básicas de Saúde (UBS) - visando assim, diminuir a sobrecarga dos hospitais. Dessa forma, os cidadãos são os mais afetados, uma vez que os investimentos governamentais na saúde, cada vez mais, são reduzidos.      Fica claro, portanto, que a saúde pública em debate, ainda, requer ações mais efetivas, para ser solucionada na sociedade brasileira. Nesse sentido, o Governo Federal deve aprimorar os principais programas de saúde existentes, por meio do Ministério de Saúde, com a ampliação das clínicas, que atuam na prevenção de doenças - UPA e UBS - nos locais mais necessitados e sem cobertura de saúde regular, visando um modelo menos centrado nos hospitais, além de maior formação e capacitação de todos os profissionais de saúde. Espera-se, com isso, efetivar uma saúde pública de qualidade e referência. Assim, será possível minimizar, gradativamente, a problemática.