Materiais:
Enviada em: 07/09/2018

O problema da saúde pública é uma realidade antiga do Brasil e persiste nos dias atuais com grande força. O país possui o maior sistema de saúde do mundo, o SUS (Sistema Único de Saúde), que garante cobertura a mais de 100 milhões de habitantes, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Porém, ser o maior sistema, não significa ser de alta qualidade. Assim, tal sistema acaba sendo refém de casos de corrupção e má gestão governamental, que prejudica toda a população, principalmente a de mais baixa renda.       A principio, é preciso ressaltar que o SUS torna-se muito falho devido a falta de investimentos e por um mau gerenciamento do governo. Como afirmado pelo filósofo Rosseau, o Estado deve pautar-se na vontade geral e no bem comum, não em opiniões individuais. Dessa forma, o governo brasileiro contraria severamente tal ideia, uma vez que não repassa o investimento adequado para a saúde. Como comprovado pelo dado da OMS, que o país destina 6,8% do orçamento publico para a saúde, bem abaixo da media mundial (11,7%). Com isso, o SUS fica completamente limitado, já que não há verbas suficientes para fazer as melhorias necessárias, o que fica evidente pela falta de leitos, medicações e filas enormes para consultas. Além do pouco investimento, ainda há casos de desvio desse dinheiro e da má gestão, que demonstra o total desrespeito com a população.       Outro ponto que deve ser analisado, é o quanto a população sofre com tais problemas no sistema de saúde. Quando os cidadãos submetem-se ao SUS, muitas vezes têm sua dignidade e direitos feridos, pois enfrentam hospitais de péssima qualidade. Segundo o relatório do Conselho Federal de Medicina (CFM), a saúde enfrenta dois grandes desafios, o congestionamento do atendimento provocado pela centralização em poucos serviços e a dificuldade de dar soluções à pacientes, principalmente que são atendidos na emergência. Assim, a população mais pobre encontra muita dificuldade em cuidar da sua saúde, visto que não podem pagar por hospitais particulares e tem que esperar pelas longas filas do SUS e lidar com sua má qualidade.       Portanto, medidas urgentes se fazem necessárias para solucionar os desafios da saúde pública no Brasil. Primeiramente, o ministro do planejamento deve repensar e modificar os focos de investimento governamental, através de reuniões com demais ministérios e imposição de metas, para redirecionar investimento. Além disso, o Ministério da Saúde, junto com Organizações Não Governamentais (ONGs) devem incentivar e investir em programas como "Mais Médicos", para aumentar o número de profissionais no país e diminuir as filas para consultas. Desse modo, os cidadãos poderão viver com mais dignidade e com a saúde assegurada.