Materiais:
Enviada em: 01/08/2018

Em 2013, centenas de jovens foram às ruas lutar por seus direitos civis e cobrar das autoridades melhorias, dentre elas, a saúde. Ainda que esses direitos sejam garantidos pela Constituição Federal, os casos de corrupção fizeram com que a população se mobilizasse, visando chamar a atenção dos governantes, em buscas de meios que assegurem o bem-estar dos cidadãos. Desse modo, nota-se que a saúde pública não é vista como prioridade pelos governantes, evidenciando assim, a necessidade de alterar esse cenário na sociedade brasileira.    Em uma primeira análise, é válido ressaltar que a crise econômica afeta a saúde pública. No Brasil, a situação política atual passa por uma grave tensão financeira e, para conter gastos, os governantes cortaram os investimentos na distribuição de remédios, fazendo com que vários pacientes que não têm condições para arcar com os custos sejam prejudicados, colocando em risco o funcionamento de sua saúde. Exemplo disso é o estado de Mato Grosso, que em 2016, segundo informações do site G1, reduziu o fornecimento gratuito de medicamentos para o tratamento de doenças graves, como a fibrose cística, que afeta as glândulas responsáveis pela produção de secreções no organismo.   Além disso, os atos de corrupção dentro dos hospitais colaboram para que não haja mudanças. Infelizmente, são inúmeros os casos de desvios de verbas que deveriam ser destinadas aos investimentos na infraestrutura dos hospitais públicos e à compra de produtos médicos, hospitalares e, também ao pagamento dos funcionários que chegam a passar meses com seu salário atrasado. Em consequência disso, nota-se que a qualidade do atendimento é fragilizada, já que vários pacientes deixam de ser socorridos devido à ausência de macas, máquinas de raio x e equipamentos médicos descartáveis.   Dessa forma, portanto, fica clara a necessidade de reivindicar a valorização da saúde pública no Brasil. Por isso, é essencial que o Governo, através do Ministério da Saúde, invista em medidas paliativas que diminua os gastos em outras áreas e continue com a distribuição de remédios, visto que os investimentos na saúde não podem ser cortados, já que parte dos cidadãos depende dessa assistência. Além disso, visando o maior comprimento das leis, o Governo deve ser mais severo em relação aos casos de corrupção e agir conforme a lei, punindo os envolvidos. Pois só assim, a situação não persistirá e não será necessária outra manifestação que relembre os direitos, que já deveriam estar assegurados, da população.