Materiais:
Enviada em: 21/08/2018

No Taiwan, a falta do acesso à saúde pública de qualidade é quase inexiste, pois o país apresenta uma excelente infraestrutura e disponibilidades de médicos. Entretanto, no Brasil, as condições são contrárias às de Taiwan, isto é, a saúde pública tornou-se precária. Nesse sentido, a falta de médicos e de recursos caracteriza o modelo da saúde brasileira, o que exige debates sobre essa questão e possíveis intervenções.    O diletíssimo autor Shakespeare dizia que “a boa digestão depende do apetite, e a saúde de ambos”, é evidente que a saúde deve ser algo priorizado pelo homem. Entretanto, hodiernamente, o argumento de William não se configura a realidade brasileira, já que, o país não fornece o devido acesso à saúde para a população, apesar de ser um direito básico garantido pela Constituição Federal de 1988. Seguindo essa linha de raciocínio, a precariedade de recursos é o principal constituinte da mazela na saúde pública, exemplo disso é, quando se vê doentes em corredores de hospitais superlotados, falta de higiene e etc.    Ademais, vale ressaltar que, a falta de médicos também contribui para o agravamento do quadro em que se encontra a saúde pública. Consequentemente, há o aumento na falta de atendimentos, nos casos de emergência e afins, pois o médico é o único responsável para realizar diagnósticos. Referente a isso, há o caso de Vilmar Lima, publicado pelo Jornal Hoje, que faleceu durante a espera de atendimento, isso mostra como a situação vem-se agravando no dia-a-dia. De acordo com o doutor Drauzio Varella, a ausência de profissionais qualificados na área da saúde, é um descaso do governo com a população brasileira, logo, investimentos na contratação de médicos devem ser realizados.    Urge, portanto, a necessidade de interromper o debate sobre a questão da saúde pública brasileira e agir de acordo com o velho ditado: “mãos a obra”. Para isso, é dever do Estado, junto a Receita Federal, estabelecer maiores verbas destinadas à saúde, a fim de atenuar a falta de recursos em hospitais públicos, através de reformas nas instalações e construções de novos quartos para atendimentos. Além disso, cabe ao Ministério da Saúde promover concursos federais que visem à contratação de médicos, sob avaliação teórica e prática, estabelecendo cargas horárias de trabalho adequadas e salários justos. Por fim, inegavelmente, estaremos indo ao encontro do sistema de saúde de Taiwan.