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Enviada em: 16/08/2018

Durante o governo de Getúlio Vargas, o Brasil vivenciou as primeiras experiências de um país democrático que assegurou à população, dentre outros direitos, o acesso a saúde básica. No entanto, quando se observa a atual realidade brasileira, verifica-se as contradições que envolvem o sistema de saúde pública. Nessa perspectiva, cabe analisar os fatores negligenciados na conjuntura governamental que impedem a eficiência desse direito social e como ela interfere na qualidade de vida da população.     De início, é importante destacar o papel do governo na saúde pública do país. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política é fundamental para garantir a harmonia na sociedade, é por meio dele que a saúde se tornou um direito, assegurado para todos os indivíduos. Em contradição a isto, tem se percebido que falta um gerenciamento adequado ao dinheiro público, direcionado aos planos de saúde e isso ocorre, porque o financiamento mal planejado se torna insuficiente e não supre as necessidades da população e do sistema, assim se faz ausente uma infraestrutura de qualidade que disponibilize materiais hospitalares, atendimento especializado e exames médicos, acessíveis para os pacientes.      É importante admitir ainda que, embora o Brasil tenha adotado o Sistema Único de Saúde (SUS), com o propósito de levar assistência médica para mais de 100 milhões de pessoas, infelizmente apenas 30 % da população tem  esse acesso.Isso ocorre, pelo fato de muitos não possuírem planos de saúde ou recorrerem a um plano pago que se torna a única alternativa e a mais eficientes.  Tal fato pode ser comprovado, com os estudos feitos em 2000 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que evidenciaram o baixo desempenho dos hospitais públicos, sendo com certeza um propulsor para a redução da expectativa de vida brasileira.      É necessário perceber, portanto, que a gestão da saúde pública necessita ser modificada, já que é um ponto nevrálgico para todos os cidadãos. Destarte, o Estado deve atentar-se ao investimento em medicamentos e tecnologia, viabilizando o atendimento médico com eficiência e a erradicação de doenças, tornando possível a população envelhecer saudável e os seus gastos com problemas de saúde sejam reduzidos. A sociedade também poderia adotar medidas de prevenção, utilizando-se de uma rotina de exercícios diária e uma alimentação equilibrada, para impedir o desenvolvimento de problemas crônicos ,como doenças cardiovasculares, diabetes e entre outras doenças que lhes tornam dependentes de medicamentos e exames. Afinal, como já foi dito pelo psicanalista Sigmund  Freud, é a vontade de viver melhor que leva as pessoas à mudanças.