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Enviada em: 16/08/2018

A Constituição Federal de 1988, também conhecida como Carta Cidadã, estabelece enquanto atribuição do Estado garantir a saúde dos brasileiros. Contudo, são muitos os problemas que envolvem esse setor e acarretam em perda na qualidade de vida da população. Fatores de caráter administrativo e político expressam a necessidade de se debater para buscar soluções para a situação atual.     É importante pontuar, de início, a dificuldade de se oferecer um sistema eficiente com uma verba reduzida. De 1990 para 2010, os gastos do Governo com a  saúde caíram de 70% para 10,7% da receita, de acordo com o site MV. Tal fato justifica a falta de profissionais qualificados, a péssima infraestrutura e a carência de postos de saúde em território nacional. Sem o devido investimento nessa área, a gestão pública expõe a sociedade ao risco de doenças e às complicações da falta de atendimento.     Outrossim, deve-se analisar a influência do cenário político com as demais repartições no país. A operação Lava-Jato, por exemplo, expôs um grande esquema de corrupção que envolveu empresários e políticos de diversos partidos.  Esse fenômeno, pois, representa a dificuldade de se gerir órgãos públicos em meio ao desvio de verbas, o que afeta setores fundamentais para a população, como o devido funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A recente crise no Rio de Janeiro, amplamente divulgada pela mídia, reforça o impacto negativo da corrupção e a sua ocorrência como prática generalizada e não apenas restrita à classe política. O roubo de equipamentos e o não cumprimento de horários pelos funcionários fragilizaram a situação do estado carioca.      É inegável, portanto, a relevância dos fatores administrativos e políticos para a problemática supracitada. Nesse viés, é dever do Estado, em parceria com a ONU, estabelecer um valor mínimo a ser investido no SUS, anualmente. Tal medida deve ocorrer a partir de uma reunião que analise as demandas do país e as perspectivas para o futuro, a fim de melhorar as condições de infraestrutura e qualidade no atendimento. Ademais, é importante que a mídia, juntamente com as ONGs, crie campanhas de denúncia à corrupção. A ideia é, a partir de chamadas nos principais veículos de comunicação, incentivar as pessoas a denunciar e combater a prática de ilegalidades no seu ciclo social, com o intuito de reduzir as perdas relativas a essa prática. Somente assim, a administração pública cumprirá efetivamente o princípio assegurado na Constituição.