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Enviada em: 26/08/2018

Nos anos 70, o movimento sanitarista lutava pela democratização da  saúde pública, com o objetivo de possibilitar que a saúde fosse um direito universal a ser garantido pelo Estado, mas foi com a 8ª Conferência Nacional da Saúde que a proposta foi constitucionalizada, dando margem ao surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Hodiernamente, a saúde pública não atende as demandas da sociedade pela falta de planejamento eficaz que precisam ser discutidas.       É de conhecimento geral que consta no Artigo 2 da Constituição que a saúde é um direito fundamental do ser humano, cabe ao Estado promover de maneira efetiva. No entanto, o Poder Executivo não cumpri esse direito de forma adequada, uma vez que o orçamento gasto com a saúde não é o suficiente, tanto que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil gasta apenas 10% de todo orçamento público na saúde, além de investir menos que a média mundial. Em decorrência disso, ocorre o aumento de doenças e óbitos devido a péssima estrutura, inclusive a falta de médicos.       Ademais, os índices de investimento da saúde indicam o quanto um país é desenvolvido, nesse caso as taxas de saneamento básico e doenças destacam isso. Na obra "Ética a Nicômaco" o filósofo Aristóteles afirma que a função do Estado é garantir a felicidade dos cidadãos, nesse contexto, é importante ressaltar que garantir a saúde é mais uma forma de assegurar a felicidade, isto é, gerar uma qualidade de vida que é positiva para o coletivo, entretanto, esse valor encontra-se distorcido.       Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. Cabe às camadas dominantes de cultura por meio de redes sociais e manifestações democráticas, exigir uma lei do Congresso Nacional, a qual estabeleceria uma média de investimento de acordo com as necessidades do SUS, a fim de atender as demandas. Além disso, é necessário que o Ministério da Educação, promova debates em sala de aula no ensino médio, feito por professores de biologia, sobre a importância da saúde.