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Enviada em: 27/08/2018

Em "As crônicas de gelo e de fogo", Cidadela é a sede da ordem dos meistres, estudiosos que trabalham com questões médicas e cientificas no continente de Westeros. Apesar do acesso ser gratuito por qualquer cidadão, a super lotação, problemas na estrutura física e a escassez de recursos médicos faz com que o dever do órgão de saúde não seja cumprido. O livro de fantasia de George R. R. Matin retrata uma realidade presente também no Brasil e que traz transtornos, principalmente, à integridade da saúde dos brasileiros e ao cumprimento da constituição que determina a saúde como direito fundamental do ser humano.    Percebe-se que, historicamente, a saúde tem sido uma preocupação recorrente na sociedade. Comprova-se isso com a criação de universidades com cursos de medicina, cirurgia e química durante a vinda da família real ao Brasil no inicio do século XIX. Entretanto, hodiernamente, o descaso para com os hospitais públicos é uma realidade a ser enfrentada, segundo dados do Tribunal de Contas da União 61% dos prontos-socorros no Brasil estão sempre superlotados e em 81% das unidades não há médicos ou enfermeiros devido a falta de investimento pelo governo na construção de novos hospitais e contratação de funcionários, o que provoca pouca eficiência nos serviços de saúde que não atende integralmente toda a população.    Somado a isso, a falta de vagas, leitos, materiais hospitalar e medicamentos complica ainda mais o sistema de saúde brasileiro, haja vista que 80% da população brasileira depende da saúde pública segundo o Conselho Regional de Medicina de Sergipe, evidenciando a necessidade de gestões governamentais, pois além disso, maioria dos usuários desse serviço são pessoas da camada mais pobre da sociedade, sem condições para pagar clinicas hospitalares privadas que possuem uma eficiência elevada no que tange a velocidade da realização de exames, diagnósticos e cirurgias.    Vê-se, portanto, a necessidade do debate sobre a saúde pública no Brasil. O Governo federal junto ao Ministério da saúde e órgãos privados de saúde devem elaborar debates estudando medidas para melhoria dos serviços prestados à população e cumprir a carta magna do país, por meio de parcerias e investimentos. Inicialmente, o Estado deve cumprir seu dever de aplicar saúde à todos por meio de investimentos governamentais e criar novos postos de saúde espalhados pelo país e reestruturar os existentes, para a facilitação do acesso por todos. Além do mais, a contratação de novos médicos e enfermeiros pelo Ministério da saúde são fundamentais para rápido atendimento de todos enfermos. Por fim, deve-se investir maior parte das arrecadações do país em medicações e matérias hospitalares para que haja acesso de uma saúde de qualidade e a realidade se afasta da ficção supracitada.