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Enviada em: 31/08/2018

Nos anos 70, o movimento sanitarista foi fundamental para que a Consti-tuição promulgada em 1988, considerasse a saúde como um direito. Uma  conquista que representava a promoção do cidadão no seio social. Cotu-do, a negligencia do Estado em exercer a sua função interfere na efetiva-ção desse avanço.       Em primeiro lugar, a Constituição Cidadã, inaugurou uma nova visão so-bre a função da saúde pública no país. Dado que, ao garantir a saúde co-mo um direito, sinalizava ao Estado seu dever de valorizar o indivíduo. As-sim, as ações do governo não se sustentariam em medidas que suprissem os interesses de uma minoria, como se estruturava antigamente. Como por exemplo, no início do século XX as epidemias, que assolavam o Rio de Janeiro, tornaram-se relevantes devido o anseio que se tinha de moderni-zar e "embelezar" a cidade, e não por uma preocupação nítida com a qualidade de vida da população, em sua totalidade. Dessa forma, a Cons-tituição permitiu à promoção do cidadão no seio social.     Entretanto, ao analisar a realidade do sistema público de saúde no país, percebe-se o enigma da modernidade descrita pelo filósofo Henrique de Li-ma - em que a civilização é tão avançada em sua razão teórica, mas tão indigente em sua razão ética. Uma vez que, a falta de infraestrutura dos hospitais, escassez de medicamentos e materiais hospitalares e a má dis-tribuição dos profissionais de saúde no território brasileiro, são exemplos que reverberam a negligencia do Estado em exercer a sua função de man-tenedor dos direitos sociais.       Portanto, para que haja a efetivação plena do direito à saúde, é preciso que o Governo valorize o seu sistema de saúde. Para tanto, é imprescindí-vel à ampliação de verbas direcionada a esse setor, com o intuito de as-segurar uma infraestrutura hospitalar digna a sua população, somado com o aumento de materiais hospitalares e medicamentos. Ademais, que haja a expansão de programas, como Mais Médicos para que redistribua de forma mais igualitária e eleve o número dos profissionais da saúde pelo país.