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Enviada em: 24/10/2018

Durante os 389 anos de duração da Colônia e do Império no Brasil, pouco foi feito com relação à saúde, e o acesso aos tratamentos e cuidados dependia da classe social. Hoje, analogamente, apesar de o direito à saúde pública ser garantido pela Constituição Federal, não é essa a realidade que se pode perceber. Além da dificuldade de acesso, falta também qualidade, fazendo com que, muitas vezes, só tenha acesso aquele que pode pagar por um. Dessa forma, uma discussão em torno desse tema faz- se necessária.    Primeiramente, deve-se ressaltar o mau gerenciamento o Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil investe menos nessa área do que os outros países, sendo 10,7% do orçamento, 5% a menos que os demais. Por consequência, há a superlotação, falta de estrutura física, pacientes dispersos pelos corredores, falta de atendimento e medicamentos. Também, a distribuição irregular dos médicos dificulta ainda mais o acesso em áreas menores e mais pobres, visto que eles encontram-se concentrados nos grandes centros urbanos, sendo urgente uma ação que reverta essa situação.    Ademais, não há um trabalho profilático eficaz no Brasil. De acordo com o médico Drauzio Varella, a saúde está focada na doença, mas é preciso focar na prevenção. Falta no país um acompanhamento eficaz da população, principalmente, daqueles que possuem maiores chances de desenvolverem doenças crônicas e dos que já possuem, buscando tanto evitá-las quanto atenuá-las, visto que esses estão entre os pacientes que mais geram custos para o sistema de saúde, diminuindo, também, as filas dos postos e hospitais.    Diante disso, medidas devem ser adotadas para resolver o impasse. Cabe ao Estado o destino de uma maior parte do orçamento à área da saúde e, ao Ministério da Saúde, a sua melhor administração, melhorando a infraestrutura dos locais de atendimento e elaborando um programa de distribuição de médicos para áreas onde a quantidade é insuficiente, oferecendo melhores salários e condição de vida e trabalho para os profissionais que aceitarem se mudar, visando melhorar a qualidade e a quantidade de atendimentos. Além disso, deve aumentar o acompanhamento das famílias por agentes de saúde, para que se possa prevenir os casos de doenças, diminuindo as filas e os custos com tratamentos. Dessa forma, poderá se garantir o direito à saúde previsto na Constituição de maneira democrática para todos os brasileiros.