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Enviada em: 03/09/2018

O sistema único de saúde (SUS), com 30 anos completos em 2018, é o maior sistema universal, público e gratuito do mundo, com mais de 300 mil unidades espalhadas por todo país, tendo por meta atender os mais 200 milhões de brasileiros. No entanto, o atual modelo de gestão na saúde ainda é deficitário: falta profissionais, e há uma distribuição desigual de investimentos e recursos pelo governo.  Segundo o Departamento de atenção Básica (DAP), do Ministério da Saúde, há 264.521 agentes comunitários de saúde no Brasil. O próprio ministério afirma que o ideal seria que um profissional atendesse em torno de 3 mil pessoas, com visitas mensais. Entretanto, há hoje um agente para cada 790 mil pessoas - número distante do ideal. Ainda conforme o DAB, há quase 100 municípios brasileiros que não contam com equipes de Saúde da Família. Desse modo, famílias que moram distantes das grandes cidades, acabam por não terem seu direito à saúde, previsto na Constituição.  Outro ponto, é que em 2017 o governo federal anunciou bloqueio de R$ 42 bilhões em gastos públicos. Parte desse montante seria destinado ao SUS. Além disso, os recursos investidos pela União no setor vêm caindo ano a ano. Em 2017, o gasto efetivo na Saúde foi de R$ 107,2 bilhões, quando o piso estabelecido era de R$ 109 bilhões. É evidente, que existe aí uma falha governamental que precisa ser mudada.    É necessário, portanto, que haja uma gestão eficiente na saúde pública. O Estado precisa investir em mais contratação de profissionais, por meio de parcerias público-privadas, pois, é indiscutível a necessidade de fixar médicos, agentes em regiões afastadas. Também é preciso mais investimentos. O Ministério Público deve ficar atento a distribuição do dinheiro que é destinado à saúde, para que seja administrado corretamente pelos seus gestores, e, assim, melhorar a saúde pública no Brasil.