Enviada em: 03/10/2018

Ao longo da Idade Média europeia, a falta de saneamento básico fez surgir diversos problemas relacionados à saúde da população, dentre os quais se destaca a epidemia da peste bubônica, que dizimou um terço dos habitantes. De maneira análoga, o sistema de saúde dos brasileiros ainda passa por diversas adversidades. Dessarte, eleva-se o debate acerca da saúde pública no Brasil, que avança intrinsecamente ligada à realidade da sociedade, seja pelo difícil acesso dos profissionais em comunidades carentes e rurais, seja pela carência de investimento governamental; profissionais qualificados e tecnologias.   É indubitável que a comunidade rural passa por mais dificuldades relacionadas à saúde que a comunidade urbana. Assim parece ser porque de acordo com Bossuet: "A saúde depende mais das precauções que dos médicos". Por certo, isso se deve ao fato da falta de saneamento básico, vacinas e hospitais para os camponeses. Ainda assim, medidas que incentivam médicos a trabalharem no interior estão entrando em vigor, como por exemplo, a obrigação dos recém-formados de exercerem sua função durante um período de dois anos em uma cidade que não seja da região metropolitana. No entanto, a atuação de tais funcionários e suas pretensões profissionais se tornam díspares e funcionam como um forte empecilho para a resolução desse imbróglio.   Outrossim, um sistema de saúde funcional é um dos pilares de uma sociedade próspera. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil vem apresentando um novo padrão demográfico que se caracteriza pela redução da taxa de crescimento populacional e pelas mudanças na estrutura da faixa etária .Isso ocorre em consequência da transição demográfica pela qual o país passa, onde o número de idosos se aproxima do de jovens. .Todavia, há uma discrepância entre a preparação necessária de hospitais e profissionais para o atendimento do novo público emergente e o investimento realizado pelo Governo Federal na área. .Ciente de tal fato, questões relacionadas à aquisição de equipamentos hospitalares e formação de futuros médicos e enfermeiros devem ser priorizadas.   Portanto, a fim de garantir uma saúde de qualidade para todos os brasileiros, a união deve repassar uma maior verba para o Ministério da Saúde. Com isso, o orçamento deve ser direcionado para a aquisição de equipamentos melhores e para melhor remunerar os profissionais, tendo como objetivo uma maior valorização econômica da área e atraindo investidores para o setor. Para tanto, deve-se mobilizar médicos para migrarem para o interior, onde desenvolverão estudos relativos à patógenos e profilaxias. Dessa forma, tal medida amenizaria a falta de acessibilidade camponesa a um bom sistema de saúde e garantiria o tratamento hospitalar qualificado para todos os cidadãos.