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Enviada em: 25/10/2017

Apesar da constituição cidadã brasileira de 1988 afirmar que o indivíduo possui direito à saúde, na prática, tal direito ainda não é garantido completamente. Investimentos precários na saúde, por parte do Estado, além da falta de incentivos governamentais para a redução do surgimento de problemas de saúde causados pelo sedentarismo ou má alimentação, contribuem para o grave quadro atual da saúde pública brasileira e medidas se mostram necessárias para a mudança da situação.   O Brasil investe na saúde de forma insuficiente e esse é um um dos principais motivos responsáveis pela condição defasada atual existente. De acordo com dados divulgados pelo site "mv.com.br", em 2010, o Brasil investiu quase 5% a menos na saúde do que a média mundial, ou seja, apenas 10,7% de sua receita anual, criando assim uma escassez na quantidade de recursos disponíveis para o custeio de importantes setores da saúde pública como a manutenção dos equipamentos, salário dos médicos, compra de remédios e etc. Uma das consequências de tal falta de investimentos é a migração de médicos para o setor privado da saúde, onde são mais bem pagos e o resultado é uma baixa quantidade de profissionais da saúde disponíveis para o atendimento à população pobre, usuária do SUS, Sistema Único de Saúde.   Além disso, a falta de mecanismos incentivados, por parte do Governo, para a redução do surgimento de problemas de saúde na população, agrava a já limitada capacidade de atendimento existente no SUS. Sabe-se que, investir na prevenção do surgimento de algumas doenças é diversas vezes mais eficiente do que o tratamento da doença em si. É o caso do cigarro, em que o Governo Federal anualmente, realiza campanhas de publicidade para a redução da quantidade de fumantes. Entretanto, tal forma de se lidar com a questão, no Brasil, ainda não é presente da forma necessária e, além disso, famílias pobres acabam não possuindo, em certos casos, infraestrutura para se praticar exercícios de forma segura e decente ou dinheiro para se comprar alimentos saudáveis, geralmente mais caros.   Em suma, tornasse evidente que medidas são necessárias. Usuários do SUS e integrantes da classe médica devem articular manifestações que exijam do Poder Legislativo a criação de uma lei que aumente a verba disponível e impeça sua redução em anos futuros. Além disso, o Estado, por meio de investimentos federais deverá construir infraestrutura para prática de esportes em bairros pobres e, ao mesmo tempo, campanhas de estímulo para sua prática e, por fim, o subsídio nos preços de alimentos saudáveis para famílias pobres e, conjuntamente, a realização de uma campanha publicitária em que a população brasileira tenha sua alimentação devidamente educada. Tais medidas funcionariam de forma semelhante à campanha antitabagismo, melhorando assim, a saúde pública brasileira.