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Enviada em: 31/10/2017

No limiar do século XXI, sabe-se que o Brasil vivencia dilemas acerca da saúde pública. Nesse contexto, faz-se necessário refletir sobre os inegáveis avanços e também os entraves que explicam tais problemas enfrentados pelo país.         É fundamental pontuar, de início, que a instituição de uma melhor condição de saúde à população adveio de manifestações ocorridas na década de 1970, com a Reforma Sanitária. Antes disso, a saúde era um direito assegurado apenas àqueles que trabalhavam de carteira assinada e seus familiares, o que configurava um caso de exclusão com as demais pessoas. No entanto, com a adesão do Sistema Único de Saúde, a garantia a esse direito tornou-se universal e assim toda população foi beneficiada com a assistência médica.         Entretanto, hoje, os baixos investimentos nessa área vêm contribuindo muita para modificação dessa situação supracitada. Conforme o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, o Brasil é um dos países que menos investe na Saúde: menos de 490 dólares por habitante em 2012, ao passo que outros países emergentes, como a Argentina e Chile, investem 700 e 550 dólares, respectivamente. Dessa maneira, é possível perceber sinais de fracassos no país, haja vista que uma de suas pretensões é atender toda a população, sem distinção, contudo, a baixa quantia investida impede que essa missão ocorra.         Como efeito negativo desse cenário exposto está o superlotamento dos hospitais. Tal situação ocorre devido a uma carência de recursos, incluindo pessoal e equipamento, aumentando as filas e o número de pessoas a serem atendidas. De acordo com os dados do Tribunal de Contas da União (TCU), 64% dos hospitais estão sempre com superlotação. Essa questão afeta a capacidade dos hospitais de suportarem as grandes demandas e, consequentemente, compromete a lei nº 8080 da Constituição Federal, a qual diz que a saúde é um direito fundamental do ser humano.         Em suma, nota-se que a Saúde Pública apresentou, de fato, avanços em relação à situação inicial, não obstante a isso, ela ainda possui falhas. Para que esse cenário seja revertido, é imprescindível que o Governo Federal atenue as superlotações nos hospitais, isso pode ser feito por meio do investimento em tecnologias voltadas ao gerenciamento dos serviços nos hospitais, promovendo um sistema capaz de marcar consultas, gerenciar internações hospitalares e regular todas as ofertas de serviço em tempo real, possibilitando a alocação dos pacientes em menor tempo possível e evitando os casos de superlotação. Desse modo, o Brasil alcançará, gradativamente, o êxito.