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Enviada em: 22/10/2017

Na confluência entre a baixa verba orçamentária destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS), e o envelhecimento populacional, o debate sobre mudanças nesse sistema é fundamental. No entanto, alguns agentes, como o Governo Federal, negligenciam esse aspecto social, obstaculizando um direito garantido constitucionalmente: o direito à saúde.     Em primeiro plano, observa-se o baixo investimento do Estado em saúde em relação ao iminente aumento do número de idosos no país. Segundo o Conselho Federal de Medicina, o Brasil investe aproximadamente 4,5% do PIB em saúde pública, ficando atrás da média mundial de 7%. Isso comprova que ainda não houve, no século XXI, a readequação de verbas públicas que priorizem o alargamento do topo da pirâmide populacional, causando, como consequência, gastos exorbitantes da família no sistema privado de saúde.      Além disso, destaca-se a causa das longas filas de espera nos hospitais públicos. Conforme o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), apenas 50% dos brasileiros possuem saneamento básico em suas residências. Ou seja, a prevenção pública, que poderia diminuir as filas nos hospitais, viabiliza o surgimento de problemas posteriores de alta complexidade, aumentando o número de pacientes e o gasto público com doenças que poderiam ser evitadas anteriormente.   Depreende-se, portanto, que melhorias na salubridade social são necessárias. Logo, o Governo Federal deve investir, com o dinheiro de impostos, na criação e melhoria de saneamento básico e postos de saúde, prevenindo enfermidades, com a compra de medicamentos que permitam o tratamento locacional, diminuindo eventuais filas nos hospitais públicos. É imperativo, ainda, que a União crie um teto de cobrança nos planos de saúde privados, garantindo uma alternativa viável que supra, por hora, tratamentos de urgência realizados nos hospitais públicos.